Cartão Bolsa Família / Foto: Ilustrativa

O Bolsa Família é um benefício disponibilizado pelo governo, para ajudar famílias com baixa condição financeira. No entanto, pessoas que não precisam desse apoio governamental se beneficiam, tirando dos necessitados esse direito.

Uma parte da população de classe média recebe a ajuda financeira, mesmo não precisando. Isso ocorre devido a essas pessoas mentirem sobre seus ganhos mensais e, o que é mais grave, por haver falhas na fiscalização efetiva dos órgãos de controle.

Para combater fraude, há o CadÚnico, por meio dele são analisados os dados das famílias, para verificar se a pessoa que está solicitando o benefício necessita mesmo. Como diz Newton, ao se referir à lei da ação e reação, toda força gera como reação outra força, isso significa que se pessoas que não precisam do benefício forem beneficiadas, acabará tirando de quem precisa de verdade.

Por ano, a exemplo de 2019, segundo o jornal eletrônico Gazeta do Povo, são destinados aproximadamente 30 bilhões para o Bolsa. Esse benefício é utilizado para pessoas com baixa renda, com o intuito de proporcionar mais acesso à educação, saúde e qualidade de vida.

Neste ano de 2019, houve um reajuste de 2,6 bilhões, em relação ao ano anterior, beneficiando mais de 14,1 milhões de famílias necessitadas. Entretanto esse programa não atinge todas as pessoas que precisam, pois existem 54,8 milhões de pessoas consideradas em situação de pobreza, e 15,3 milhões em extrema pobreza, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017. Isso mostra que existem 70,1 milhões de pessoas precisando de ajuda do bolsa família, para conseguirem pelo menos o básico para viverem dignamente.

Mesmo diante desta realidade, existem pessoas que têm coragem de dizer que o Bolsa Família não é necessário. É preciso sim, para ajudar pessoas que não têm condições financeiras.  Muitos dizem que o “bolsa família não cria políticas públicas que forneçam oportunidades de emprego e incentivo para que possam ganhar um dinheiro mais digno.”, mas por que ganhar o benefício não é digno?, só não é digno, quando a pessoa está ganhando, mas não precisa. É digno sim porque ajuda famílias a não passarem fome, ajuda as crianças não desistirem de seus estudos, com isso garantindo um futuro melhor.

Argumentos contrários ao programa, como os citados, são facilmente vencidos quando descobrimos que o valor do Bolsa, em famílias que tenham entre seus componentes jovens, pode chegar até R$ 96,00. Mas quando é verificada extrema pobreza, não existe um valor definido, já que o valor depende do cálculo que é realizado na família nessa condição. Em alguns casos, pode chegar a R$ 205,00 mensais. Nota-se, portanto, que se trata de um valor baixo, mas que contribui com aqueles que pouco ou nada têm.   

As prefeituras de cada cidade, gestoras do programa, precisam cada vez mais investir tempo e esforço para que haja maior fiscalização dos órgãos de controle, para verificar se estão fazendo o seu trabalho. É preciso rigor no controle do programa, para que ele não seja para sempre e sim até que a pessoa consiga estudo e condições suficientes para trabalhar e se manter. Para assim o benefício ser passado para outra família que precisa. Além do CadÚnico, existe o cadastro único do governo federal. Nele é classificado o grau de necessidade das famílias, mas como o cadastro é pela internet, é possível que sejam colocados dados falsos. E assim pessoas que não precisam, continuem ganhando.

Enfim, é preciso destacar que o benefício do bolsa família é sim um grande avanço contra a pobreza, miséria e em favor da igualdade social. Então, é necessário que ocorra uma expansão do benefício, para que atinja pessoas que estão na miséria e na pobreza. É necessário que ocorra um controle rígido, para que não tenha quebra nas regras estipuladas. Para que, assim, pessoas que não precisam não ganhem, e aquelas que realmente necessitam sejam beneficiadas.

Por: Ana Késia da Silva Rocha

Estudante e blogueira

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