Depressão é uma doença psiquiatria que produz alterações no humor, como tristeza profunda, duradouras e sem motivo aparente. No entanto, ainda há pessoas que pensam que é frescura, que é fase, coisa de adolescente, enquanto isso, perdemos pessoas para o suicídio, principalmente, jovens entre 16 a 24 anos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 15 a cada 100 pessoas com a doença decidem por um fim na própria vida. No contexto mundial a situação é mais grave: são aproximadamente 300 milhões de pessoas com depressão. No Brasil, esse percentual chega a 5,8% da população com a doença. Definitivamente não é frescura.
Muitas pessoas têm a doença, porém não procuram ajuda por medo do “julgamento da sociedade”, então recorrem a bebidas alcoólicas ou a drogas. O consumo de maconha na adolescência é também ligado à depressão. Em um estudo realizado pela revista Jama Psychiatry da Associação Médica Norte-americana traz evidências de que o consumo cannabis na adolescência aumenta o risco de depressão, ansiedade e comportamento suicida.
Há várias causas que levam uma pessoa a um quadro depressivo, como perdas, conflitos familiares, amorosos ou de amizades. Não existe uma cura exata, apenas acompanhamento psicológico, em alguns casos mais graves, acompanhamento psiquiátrico e uso de medicamentos.
Como vimos, o adolescente está mais susceptível à doença, pois há uma pressão sobre corpo, cabelo, estudos, vida amorosa, decisões que irão impactar no seu futuro, uma pressão que o adolescente impõe a si próprio. As redes sociais também contribuem para um quadro depressivo, quando postamos uma foto e não ganhamos tantas curtidas, logo vem a sensação de fracasso, de ter feito algo errado.
Estamos vivendo em uma época em que a interação, o olho no olho, a presença física estão se tornando cada vez mais dispensáveis. Fazemos amizades virtuais, compras, vemos filmes, praticamente tudo pela internet, por isso estamos nos tornando sozinhos, criando gerações de pessoas (e também nos tornando) isoladas e deprimidas.
Muitas vezes vemos nas redes sociais uma falsa felicidade. Por outro lado, existem pessoas depressivas que se refugiam na internet para criar algum tipo de vínculo com pessoas desconhecidas, por não conseguirem vincular-se fisicamente ao que estão mais próximos.
A sociedade precisa aceitar a depressão como uma doença, e ajudar a minimizar os índices de ocorrência dela e de suicídios. É necessário fazer campanhas com artistas e o público afetado para falar sobre a doença, promover ações em todos os tipos de mídias, principalmente, a internet por alcançar um público maior, fornecer informações sobre essa doença.
Palestras nas escolas e empresas, com relatos reais dos que têm ou que tiveram a doença e já tentaram se suicidar e com pessoas que perderam parentes e/ou amigos por causa da depressão.
Por: Gabriely Silva Melchior
Estudante e blogueira