A reportagem do Extra de Rondônia esteve na manhã desta sexta-feira, 29, na sede do Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul (Sindsul), com o presidente Wanderley Ricardo Campos que falou a respeito de sua expectativa com relação a greve do funcionalismo municipal de Vilhena, aprovada por Assembleia Extraordinária realizada na terça-feira 26.
Na ocasião, ele falou que a entidade aguardava uma iniciativa da administração municipal para buscar entendimento com o funcionalismo, mas frisou que apenas palavras não bastavam: “queremos o cumprimento do acordo do prefeito no início do semestre, e não estamos mais dispostos a ouvir apenas promessas”.
A greve deve afetar os setores da saúde e obras com mais contundência, porém os funcionários da educação estão participando do movimento, com manifestação programada para acontecer simultaneamente ao início da paralisação.
“Não fazia muito sentido, em termos de impacto à administração, a interrupção do trabalho nas escolas, uma vez que o ano letivo está praticamente encerrado. Mas ficou estabelecido que os servidores da educação só começam vão iniciar normalmente suas atividades no ano quer vem se a administração atender às reivindicações do funcionalismo”, explicou o Wanderley.
O presidente do sindicato afirmou que no setor da saúde será respeitado a norma de manter 30% dos funcionários em atividade, mas que na secretaria de obras isso não é necessário.
Nestas duas áreas da administração estará concentrada a aposta dos servidores em forçar o prefeito a atender as exigências da categoria, “que na verdade não são exorbitantes e foram fruto das negociações feitas ao longo do semestre, mas que no fim não foram cumpridas pela administração, resumindo-se então ao cumprimento do acordo firmado pelo Executivo”.
Ele também afirmou que foram tomadas todas as providências para se antecipar a possibilidade da administração tentar decretar a ilegalidade do movimento. “Cumprimos as regras que normatizam este tipo de ação, que no nosso entendimento é pertinente de legalmente justificável, uma vez que houve frustração de acordo feito entre as partes. Comunicamos oficialmente o Município sobre a deflagração do movimento dentro do prazo legal, portanto estamos convictos que o protesto é legítimo”, analisa.
Wanderley fez questão de frisar que a greve não é uma ação da diretoria Sindsul contra o prefeito Eduardo Tsuru. “Na verdade trata-se da efetivação da vontade do funcionalismo que é filiado a entidade, decidida em Assembleia, em contraposição a conduta da administração municipal de Vilhena, tudo de forma totalmente impessoal”, garantiu.
A expectativa quanto ao resultado da greve é específica: “só vamos parar com a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do funcionalismo de Vilhena, e mesmo estando abertos ao diálogo não vamos atender a promessas ou discursos, mas sim a ações efetivas”, destacou o dirigente sindical.
Como o prefeito manifestou ao Extra de Rondônia que não tem nada a apresentar ao funcionalismo neste momento (leia AQUI), a perspectiva é que haverá uma “queda de braço” entre as duas partes com resultado imprevisível.
COMEÇA SEGUNDA-FEIRA
De acordo com o cronograma do movimento, a greve começa às 07hs30m da segunda-feira, com os servidores que aderirem ao movimento permanecendo na sede do sindicato durante o horário do expediente, mantendo o percentual de funcionários exigido por lei atendendo na saúde.
Nas escolas as atividades serão realizadas normalmente, mas os apoiadores do movimento usarão faixas pretas na cabeça e haverá a fixação de cartazes e banners nos estabelecimentos do setor.