Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Uma operação da Polícia Federal (PF) poderia ter abalado o prédio de 13 andares da Assembleia Legislativa de Rondônia, nesta quinta-feira, mas isso não ocorreu, em função do seu resultado, ao menos até agora.

Depois do barulho inicial, soube-se que as ações não resultaram em afastamento de nenhum deputado. Investigações feitas no setor de Recursos Humanos, o foram para apreender documentos no gabinete do deputado Jean Oliveira.

A Operação não visava principalmente a Assembleia, mas sim outras questões, como a invasão de terras públicas, fraudes em cartórios e sonegação do ICMS de empresas que estariam lucrando com apoio de servidores de órgãos investigados, mas na área do Governo.

O envolvimento da ALE foi uma espécie de efeito colateral. Uma das poucas acusações contra a ALE foi uma suspeita de que teria havido irregularidades na eleição de janeiro da Mesa Diretora, na atual legislatura. O presidente Laerte Gomes contestou qualquer questão sobre isso, destacando, em nota oficial, que a eleição transcorreu com a maior transparência da história do Parlamento. Ele ganhou com 23 dos 24 votos.

Como então teria havido alguma ilegalidade? A ação ocorreu também nas cidades der Alta Floresta, Vilhena, Ji-Paraná, Alto Alegre, Humaitá, no Amazonas e até Cuiabá, no Mato Grosso. Não há, ainda, mais detalhes sobre outro tema: a denúncia de que haveria gente contratada pelo sistema “rachadinha”, ou seja, dividindo seus salários com quem o contratou.

Foi uma ação dessas espetaculosas, comuns em todo o país, quando envolvem denúncias contra políticos. Presença da PF no Parlamento foi apenas um braço do contexto da atuação policial, que chegou a outras cidades do Estado e numa fazenda do ex deputado Carlão de Oliveira, que ainda está foragido. A Justiça autorizou onze prisões preventivas e três temporárias, além da perda temporária de cargo público.

Nenhum dos servidores tinha qualquer ligação com o gabinete da Presidência da Casa.  Até o anoitecer desta quinta, não se falou em nomes, preservados pelo menos até agora. É sempre bom mesmo ter cuidado. Muitos dos denunciados, no final das investigações, certamente provarão suas inocências, como já se viu em vários casos anteriores. Ao se apontar o dedo, ainda em fase inicial de investigações, comete-se um dano que pode ser irreversível para os inocentes.

E os há, claro! Se houve mesmo ilegalidades, elas têm que ser denunciadas e seus responsáveis punidos na forma da lei. O que não se deve fazer nunca é jogar o nome de pessoas na arena dos leões da opinião pública, já que elas jamais conseguirão resgatar sua dignidade, mesmo que, lá na frente, sejam absolvidas em todas as instâncias.

O que se quer, na verdade, é punição para quem deve ser punido e respeito aos que, embora denunciados, provarão serem inocentes. Não se pode é embarcar nos  justiciamentos morais; ataques furiosos e irresponsáveis nas redes sociais; Fake News em profusão e algumas injustiças, que sempre acontecem em caso assim. A ALE está colaborando com as investigações. Em breve se terá informações mais seguras.

LAERTE: “FOI A ELEIÇÃO MAIS TRANSPARENTE”!

O presidente da ALE,  deputado Laerte Gomes, divulgou nota oficial, na tarde desta quinta. No texto, ele destacou, entre outras coisas, que a eleição para a Presidência da ALE, nesse ano, foi uma das mais transparentes da história do parlamento. Acrescentou que nenhuma das pessoas envolvidas nas investigações, está ligada ao seu gabinete.

Veja a nota na íntegra: “A  eleição da mesa diretora foi uma das mais transparentes dos últimos anos. Nossa eleição se deu com a soma de 23 votos dos nobres pares, que hoje nos ajudam de forma integrada a administrar os destinos desta Casa de Leis. Esclareço que nenhum dos servidores citados no inquérito é lotado em meu gabinete. Nossa gestão preza pela transparência, probidade e legalidade.

O resultado está na economia de R$ 40 milhões nestes 11 meses à frente da Presidência da Assembleia Legislativa. Esses recursos retornarão aos cofres do Estado de Rondônia para melhor servir nosso povo. Por fim, informo que a Assembleia Legislativa está à disposição das autoridades para qualquer informação necessária relacionada a investigações da Operação Feldeberg.  Laerte Gomes – Presidente”.

COMEÇAM OS DOMINGÕES

Agenda na mão ou no celular. Anote aí: O Domingão de Natal, promoção da Câmara de Dirigentes Lojistas, a CDL, a competente empresária Joana Joanora,, começa nesse domingo. Como se repete há 19 anos, a iniciativa leva milhares de porto velhenses às ruas e às lojas, para começar as suas compras de Natal. O primeiro Domingão, como já é tradicional, será na zona sul, na Avenida Jatuarana, sem dúvida um grande centro comercial da Capital dos rondonienses.

A segunda edição deste período de final de ano acontece no outro Domingo, dia 14, na José Amador dos Reis, na zona leste, também uma região onde o comércio é abundante e crescente. Dia 22, muito perto do Natal, ocorre a festa na avenida Sete de Setembro. Festa, alegria, divertimento para as crianças e para toda a família e, mais que isso, preços muito atrativos, tornam os Domingões da CDL como um evento marcante para a população e para os lojistas. Agendou?

UMA DECISÃO QUE DEVE VALER PARA TODOS

Uma importante personagem do MP rondoniense, cuja voz aparece em várias gravações envolvendo um grupo de Delegados, o que representou grande escândalo na vida policial do Estado, conseguiu, via Justiça, que a imprensa seja censurada. Decisão de uma magistrada impede que o nome dela seja citado em futuras divulgações e que se proíbam colocar no ar novos áudios em que a promotora tenha  participado.

São decisões assim que deixam muita gente perplexa. A mesma decisão valerá para políticos denunciados, impedindo que seus nomes sejam divulgados?  Quando algum jornalista cometer algum delito, como fazer gravações absurdas, bastará recorrer à mesma Justiça, exigindo que seu nome jamais venha a público? Ou seja: não importa quem seja a pessoa que cometer um ato falho, com a mesma gravidade, terá a mesma compreensão de Suas Excelências? A autoridade ainda está processando radialistas que divulgaram os áudios, pedindo alta indenização.

Como os jornalistas geralmente são pobres e correm o risco de condenação, é claro  que ninguém mais vai querer correr o risco de ser penalizado. E o princípio democrático e Constitucional da liberdade de expressão? Vamos voltar aos tempos da censura e do cala boca?

DUAS VIDAS DESTRUÍDAS

Foi o desrespeito, a falta de compreensão, a não aceitação de quem pensa diferente, o desprezo pela existência alheia, que acabaram com duas vidas, Uma em definitivo. Outra, ainda jovem, marcada para sempre por um crime idiota, desnecessário e baseado apenas na maldade de um momento de fúria.

O caso envolve a morte do ancião José Batista, que, aos 70 anos, ainda dirigia um caminhão para sustentar sua família. No dia 30 de maio do ano passado, ele tentava voltar para casa, em Vilhena. A greve dos caminhoneiros, a maior já registrada no país, estava em suas últimas horas. Ao tentar passar por m bloqueio, ele foi assassinado com uma pedrada.

Quem desferiu foi um pai de família, como ele. Dominado pela raiva, esquecendo até que estava junto com sua família, Williams Dias causou a morte do ancião. O matador foi condenado a 17 anos de cadeia. Se fosse num país decente para quem comete um crime como esse, sem qualquer justificativa, os anos de prisão seriam muito mais. Um caso em que duas vidas foram perdidas, por nada…

SAÚDE PERDE MEIO BI PARA POLÍTICOS

A questão do financiamento público de campanha já é uma das mais complexas da nossa história recente história política. Tem grande apoio no Congresso, mas a ojeriza de grande parte da nossa população, para não se falar em unanimidade, o que talvez fosse mais  correto. O assunto, em debate, começou muito ruim e foi piorando.

Abriu-se o cofre com uma verba enorme, de 2 bilhões de reais. Saltou para 2 bi e 500milhões. Agora, está prestes a ser empurrado goela abaixo do brasileiro, um valor muito maior: 3 bilhões e 800 milhões, já valendo para as disputas municipais de 2020. Não bastasse o horror que o brasileiro comum tem em relação a esse assunto, o ministro da saúde, Henrique Mandetta, ajudou no incêndio, colocando ainda mais fogo na querosene.

Segundo ele, nada menos do que meio bilhão de reiais seriam retirados do orçamento da sua pasta, para abastecer o tenebroso Fundo Partidário. Para inflar ainda mais a raiva contra o projeto dos 3 bi e 800, Mandetta disse que com esse dinheiro que vai perder, poderia ajudar milhares de municípios brasileiros a melhorar o atendimento à população. O assunto já começou a bombar nas redes sociais.

BANCADA UNIDA PELO PROJETO ANTICRIME

Unanimidade. Foi assim o voto da bancada rondoniense a favor do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, aprovado na Câmara Federal, nessa terça. O líder Lúcio Mosquini, que já tinha defendido publicamente a proposta várias vezes, assim como todos os demais parlamentares que representam Rondônia na Câmara, ficaram ao lado da população estadual e nacional, que exige uma legislação menos frouxa no combate à bandidagem,  à violência e à insegurança.

Além de Mosquini, votaram pelo sim as deputadas Jaqueline Cassol, Silvia Cristina e Mariana Carvalho. Seguiram o mesmo tom e comemoraram, inclusive, como a maioria, postando vídeos nas redes sociais, os deputados Léo Moraes, Mauro Nazif, Coronel Chrisóstomo e Expedito Netto. O projeto aprovado, embora com algumas modificações importantes, servirá sim para dar mais segurança aos brasileiros de bem e punirá com mais rigor os criminosos que assolam esse nosso Brasil, sempre contando com penas leves e com a impunidade. A reação contra a bandidagem está, enfim, começando de verdade.

PERGUNTINHA

Na sua opinião, o Fundo Eleitoral deve ter 3 bilhões e 800 milhões; 2 bilhões e 500 milhões; 2 bilhões ou nem um só centavo?

 

sicoob

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