“A retirada da vacina contra a febre aftosa foi uma decisão que passou por vários estágios e envolveu todos os segmentos da cadeia produtiva da pecuária rondoniense dentro do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), coordenado pelo Ministério da Agricultura”, a avaliação é do presidente da Comissão de Agricultura deputado Cirone Deiró.
Com cerca de 14 milhões de bovinos, Rondônia ocupa a 6ª posição no ranking de maior rebanho do país. Dados da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) revelam que são abatidos mensalmente 2,5 milhões de bovinos nos diversos frigoríficos do Estado.
O presidente da Comissão de Agricultura registra o fim da vacinação como sendo uma das mais importantes conquistas da pecuária rondoniense desta última década. Segundo ele, a iniciativa é resultado da conjugação de esforços dos pecuaristas que ao longo dos anos, cumpriram com todas as exigências sanitárias para erradicar a aftosa com vacinação.
“Desde 1999 com a criação da Idaron a política de sanidade foi assumida por todos os envolvidos na cadeia produtiva da pecuária. A primeira fase foi conquistar o status de Estado produtor de carne bovina livre da aftosa com vacinação. Agora, entramos em uma segunda fase, buscar a certificação sem a vacinação”, explicou.
De acordo com o deputado Cirone Deiró, a importância desse ativo econômico para o desenvolvimento dos municípios exige de todos os envolvidos o mesmo comprometimento que colocou a pecuária de Rondônia em posição de destaque nacional.
“Na condição de presidente da Comissão de Agricultura desta Casa de Leis vou acompanhar as diretrizes básicas do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa que preveem uma série de medidas para manter o controle e a sanidade do rebanho rondoniense”, assegurou.
O presidente da Comissão de Agricultura lembra que entre as principais ações previstas no período pós retirada da vacina consta a gestão compartilhada entre governos e iniciativa privada, aperfeiçoamento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO), regionalização das ações, sustentação financeira, adequação e fortalecimento do sistema de vigilância, agilidade e precisão no diagnóstico, previsão de imunógeno (partícula, molécula estranha ou organismo capaz de induzir uma resposta imunológica) para emergências veterinárias, cooperação internacional e educação em saúde animal.
Para o deputado Cirone Deiró, a conquista de novos mercados e a valorização da carne rondoniense exige um árduo trabalho e comprometimento de todos os envolvidos nesse processo.
“A partir de agora, Rondônia passa a fazer parte do esforço nacional na busca de mercados como a China, Japão e outros países asiáticos que integram um seleto grupo de consumidores que só compram carne dos países livres da febre aftosa sem vacinação”, alertou, ao registrar que o estado passa a contribuir com o Brasil na busca da certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), de país livre da aftosa sem vacinação.