Em visita ao Extra de Rondônia na manhã deste sábado, 04, o advogado e ex-procurador da Câmara de Vereadores de Vilhena, Carlos França, afirmou que a divulgação de suposta economia de gastos do Legislativo, de mais de R$ 2 milhões, é “demagogia” (leia mais AQUI).
Amparado por dados extraídos do próprio Portal da Transparência da Câmara vilhenense, ele argumenta que o valor dos repasses sofreu elevação considerável de uma gestão para a outra, e que, portanto, pode ter havido mais gastos.
França também garante que esta não é a primeira vez que houve devolução de recursos do Legislativo para o Executivo.
Segundo o advogado, a devolução de R$ 2,2 milhões não deixa de ser positiva, mas que não se trata de resultado de uma política de contenção de gastos, como foi afirmado pelo presidente Ronildo Macedo.
“Se levarmos em conta o aumento dos valores de repasses chegamos a conclusão que seria mais importante que esta legislatura explicasse onde foram gastos os recursos recebidos ao longo destes três anos, muito superiores aos do primeiro triênio da gestão anterior.
França mostra que entre 2.017 e 2.019, a Câmara Municipal de Vilhena recebeu, em média R$ 8.323.331,00, por ano, perfazendo um total de R$ 27.169.993,00m, “e isso já descontados os r$ 2,2 milhões devolvidos à prefeitura em dezembro”, destaca.
Já entre os anos de 2.013 e 2.015, o Legislativo recebeu a quantia total de R$ 20.149.993, o que daria uma média de R$ 6.716.664,00. “Resumindo: houve um aumento no valor do repasse bastante considerável, então aonde é que está a tal da economia declarada pelos gestores?”, questiona.
Finalizando, ele afirma não ser verdade a informação de que a legislatura atual teria sido a única a devolver recursos ao Executivo. “Não entendo como é que a atual vice-prefeita, Maria José, não se posiciona diante de tal afirmação, pois ela foi a última presidente da Câmara na legislatura passada e um de seus últimos atos foi justamente a devolução de R$ 667 mil para a prefeitura ao final da gestão”, finaliza.
