Coluna Cego, Surdo e Mudo / Foto: ilustrativa

@@@ ANO ELEITORAL

O ano começou, e com ele a contagem regressiva para as eleições deste ano. No Cone Sul de Rondônia, todos os sete prefeitos estão aptos a disputar a reeleição, o que de certa forma diminui a possibilidade de renovação nas administrações na região. O que não corresponde a dizer que todos eles estão assim tão bem na fita. Há muitas pedras no caminho de vários deles, que não estão correspondendo totalmente à expectativa criada quatro anos atrás, quando deram início ao projeto eleitoral que os colocou no poder.

@@@ COM DIFICULDADES

Neste aspecto, dois casos são mais evidentes: Vilhena e Corumbiara. Na “capital” do Cone Sul, Eduardo Japonês (PV) patina na ausência de carisma, além da falta do cumprimento de promessas e a concorrência acirrada, enquanto que em Corumbiara, Laércio Marchini (PDT), não faz uma boa gestão.

@@@ ELEIÇÃO PASSA POR DEPUTADOS

O pleito municipal também deverá ter um fator diferenciado em 2.020 dada a elevação da representação do Cone Sul de Rondônia na Assembleia Legislativa. Há quatro anos só haviam dois deputados estaduais da região e agora são quatro: Luizinho Goebel e Rosangela Donadon (Vilhena), Ezequiel Neiva (Cerejeiras) e Chiquinho da Emater (Cabixi). Isso certamente provoca mais divisões entre grupos políticos em disputa, algo que certamente terá seu peso na campanha eleitoral.

@@@ ACEITAÇÃO DE FEDERAIS

As eleições também servirão como uma espécie de termômetro a respeito da aceitação de políticos rondonienses que compõem a bancada federal. Vai ser o momento de se ver quem realmente tem “café no bule”.

@@@ RENOVAÇÃO NO LEGISLATIVO

Quanto aos legislativos municipais, a tendência é de muita renovação nas Câmaras sulistas. Com exceções aqui e ali, os vereadores da região tem muito pouco a mostrar após cumprirem três quartos do mandato. Tem muita gente que vai ficar a ver navios se não tirar o pé do chão.

@@@ POLARIZAÇÃO EM VILHENA

Neste mês inicial do ano, as coisas ainda devem ficar acontecendo em nível de bastidores, mas em fevereiro a coisa começa pra valer. Com relação a sucessão municipal de Vilhena, a dúvida deve perdurar até março, quando se define a situação do partido Aliança Pelo Brasil, onde está alojado o empresário Jaime Bagattoli. Caso a sigla consiga estar regularizada dentro do prazo para a disputa eleitoral, o quadro sucessório pode ter alguma novidade. Senão, a tendência é termos outra dose de mais do mesmo, ou seja, eleição polarizada entre o atual prefeito, Eduardo Japonês (PV) e Rosani Donadon (MDB), ou alguém desta família tradicional do Cone Sul. Por enquanto, estão todos grudados ao chão.

@@@ AV. RONDÔNIA COM PROBLEMAS

Mudando de assunto, a tão esperada pavimentação da Avenida Rondônia já começa a apresentar problemas, com menos de seis meses de conclusão. Buracos estão surgindo aqui e ali e há fissuras estranhas no piso, que causam apreensão.

@@@ TROPA DIGITAL I

Membros da “Tropa de choque” digital do prefeito Eduardo Japonês (PV) rapidamente mostraram a fúria contra o site Extra de Rondônia – e partiram para a defesa velada do chefe – depois de veiculados os gastos com diárias de 2019, no valor de R$ 324 mil, por parte do prefeito e de alguns secretários municipais. Somente o prefeito consumiu R$ 58 mil deste total (leia mais AQUI). Assessores do Japa (que muitos deles recebem até R$ 4,5 mil sem ao mesmo ter formação técnica em alguma área), postaram nas redes sociais “conquistas” que a atual gestão tenta tomar pra si, mas que na verdade são de gestões passadas.

@@@ TROPA DIGITAL II

Dentre os “benefícios” que o grupo do prefeito tenta levar créditos estão R$ 12 milhões para a construção de um novo Hospital Regional – projeto que surgiu da então prefeita Rosani Donadon (MDB) em reunião com a bancada federal no ano de 2016 (leia AQUI e AQUI); R$ 77 milhões para a rede de água e esgoto, que na verdade é um projeto iniciado na gestão do então prefeito Zé Rover (PP) o qual contempla, dentre outras obras, a macrodrenagem e R$ 4 milhões para um projeto de coleta seletiva mecanizada, cujo contrato deverá ficar com uma empresa de fora – uma vez que Vilhena não conta com este tipo de serviço, logo todo o recurso empregado será canalizado para outro município.  Trocando em miúdos: gastou, gastou e…

@@@ SECRETÁRIO CONFIRMOU

O próprio titular da Secretaria Municipal de Planejamento, Terras e Integração Governamental (e outras secretarias mais), Ricardo Zancan, uma espécie de “prefeito adjunto” do município, reconheceu em visita ao Extra de Rondônia que a gestão da qual faz parte não tem nenhum projeto próprio em andamento, apenas conduz os trabalhos que foram deixados por outras gestões (leia mais AQUI).

@@@ ASSESSORES SEM FORMAÇÃO

Já passou da hora do Ministério Público fazer uma fiscalização nas diversas secretarias da prefeitura de Vilhena a respeito de assessores nomeados com altos salários sem ao menos ter conhecimento técnico ou seja formado em área específica para o bom andamento da máquina pública. Ganhar salário de R$ 6 mil ou R$ 4,5 mil só para ficar o tempo todo nas redes sociais é um tapa na cara do sofrido contribuinte de Vilhena que, ainda mais neste ano, terá que tirar mais dinheiro do bolso devido ao anunciado aumento do IPTU que chega às casas em fevereiro.

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