Você, que gosta das coisas da política, que acompanha os bastidores, que em ano eleitoral fica antenado, que começa desde agora a analisar os possíveis candidatos ou até você, que escolhe seu preferido na última hora, certamente todos vão compreender o dilema que vive hoje o jovem deputado federal Léo Moraes, um dos mais destacados da bancada rondoniense em Brasília.
Léo teve atuação importante como deputado estadual, seguindo os passos do pai, Paulo Moraes, já falecido e da mãe, Sandra Moraes, que chegou à presidência da Câmara de Vereadores de Porto Velho. Desde o começo da sua carreira, foi combativo, trabalhador, diferenciado no mundo onde geralmente a mesmice predomina nas lides políticas.
Candidato à Prefeitura de Porto Velho, quando poucos acreditavam em suas chances, já que batalhava contra nomes como o então prefeito Mauro Nazif e o novato na época, Hildon Chaves, entre outras candidaturas fortes, Léo foi ao segundo turno. Perdeu para Hildon, então um nome que saiu da rabeira das pesquisas para ganhar a eleição.
Pouco tempo depois, lançou-se candidato à Câmara Federal, chegando a quase 70 mil votos, 30 mil a mais que o segundo colocado, Expedito Netto, que beirou os 40 mil. Ou seja, foi o mais votado em Rondônia, saindo consagrado das urnas. Neste 11 de janeiro, Léo completou 36 anos. É um político jovem, com um grande futuro político pela frente. Então, com todas essas boas notícias, qual é o problema?
O problema é que ele vem liderando praticamente toda as pesquisas informais até agora, na corrida pela Prefeitura de Porto Velho. Os leigos na política diriam: mas isso é problema? Não é fato para comemorar? Seria sim, caso a Prefeitura da Capital não fosse um cemitério de políticos, que ali, no geral, começam a pagar seu jazigo perpétuo em relação às urnas, no dia em que assumem o cargo, ressalvando-se, claro, uma ou outra exceção.
Recém escolhido como um dos parlamentares mais atuantes na Câmara, com grande futuro, com praticamente a certeza da reeleição, Léo está enfrentando um verdadeiro quebra cabeças.
Tem que optar entre deixar a tranquilidade e a paz do Parlamento, onde é destaque nacional, para assumir uma cidade que, definitivamente, precisará de mais umas duas ou três décadas para começar a entrar nos eixos! Uma cidade onde a população culpa os prefeitos por enchentes, falta de água, falta de esgoto, estradas estaduais e federais esburacadas, segurança pública e outras questões afetas a outros poderes? Pressionado por aqueles que estão à sua volta, para que opte por disputar a Prefeitura (claro que ter poder no Executivo também fascina!), Léo Moraes anda pensando profundamente no assunto.
Se a decisão fosse tomada hoje, ele não concorreria à sucessão de Hildon Chaves. Mas, até maio ou início de junho, quando a campanha começar com tudo, o quadro pode ser outro e a decisão também. No lugar dele, qual a decisão que você tomaria?
FORAM 143 MIL COM ZERO
A péssima qualidade do ensino no Brasil não poderia ter outro resultado senão as notas baixas da grande maioria dos participantes das provas do Enem. Enquanto muitos professores ensinam política e ideologias, uma imensa multidão de jovens não aprende quase nada, fazendo fiasco quando têm que enfrentar a realidade de provas sérias, que testam seus reais conhecimentos.
Mais uma vez, apenas pegando a Redação, algo primário para quem aprende o essencial sobre a Língua Portuguesa e sabe raciocinar ao menos o básico, foi um desastre. Entre os mais de 3 milhões e 700 mil jovens que fizeram a prova, apenas 53 – isso mesmo! – conseguiram a nota máxima em seus textos. A prova, que vale mil pontos, teve notas médias de 520 pontos, ou seja, pouco mais da metade do que seria a grande vitória.
Pior: 143 mil dos que passaram pelo Enem, tiveram nota zero. Ou seja, quase 4 por cento de todos não sabem sequer fazer um curto texto, resumindo uma ideia, uma proposta, uma posição clara sobre o assunto em pauta. Notas vergonhosas nas demais matérias também sintetizam o quanto estamos atrasados no quesito Educação, enquanto os políticos, com raras exceções, berram que é ele, o ensino, a grande prioridade do Brasil.
Prioridade? Onde? Com esses números vergonhosos, estamos mesmo na rabeira da qualidade no setor, perdendo para vários países de Terceiro Mundo. Quem sabe quando as ideologias forem expulsas das nossas escolas, entre a verdadeira Educação de qualidade?
RACIOCÍNIOS RIDÍCULOS
Rir ou chorar? Um pouco de cada. Ao ler algumas frases escritas em redações do Enem, nos últimos anos, se compreende onde chegamos, quando se trata de sonharmos com uma geração que não aprendeu quase nada, em sua grande maioria. Vejam algumas delas:
– “O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo”.
– “A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo”.
– “Uma tonelada pesa pelo menos 100 Kg de chumbo”.
– “Os portugueses, depois que descobriram Fernandes de Noronha, assinaram o Tratado de Tortas Ilhas”.
– “Na China o presidente Maose Tung continua vivo, apesar de morto”.
– “O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não escuta mais nada”.
– Apóstrofes são os doze homenzinhos que comeram com Jesus e que Michelangelo bateu a foto”.
– “As moléculas de água quando congelam viram duréculas”.
– “Vasos capilares são aqueles potinhos em que plantamos os pés de cabelo”.
– “Ultimamente não se fala em outro assunto anoser sobre os araras azuls que ficam sob voando as matas”.
– “A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO”.
– O seringueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas”.
– “Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio”.
O IDIOTA QUE RESSUSCITOU O NAZISMO
O assunto ainda não morreu, infelizmente. O evento da reta final da semana passada, quando um débil mental copiou um discurso nazista para falar sobre a cultura brasileira, abalou mais o governo Bolsonaro do que todos os discursos da oposição juntos! Roberto Rego Pinheiro, se achando o máximo como um ser criativo, fez um discurso copiando o chefe da propaganda nazista Joseph Goebels, um dos nomes mais odiados da história da Humanidade.
E ainda, para ajudar, colocou como música de fundo o compositor Richard Wagner, o preferido do mais odiado entre todos, Adolf Hitler. Era com as músicas de Wagner que os judeus eram recebidos nos campos de concentração, antes de irem para as câmaras de gás e para os fornos crematórios.
Esse mentecapto, ignorante, não é o grande culpado. A culpa maior é de quem o indicou para o cargo e de quem o nomeou, sem saber com quem estava lidando. Vai levar um longo tempo até que esse assunto seja esquecido, principalmente pela mídia que, usando métodos corretos e outros muito longe disso, tenta destruir o governo que mais de 54 milhões de brasileiros escolheram nas urnas. Bolsonaro, mesmo melhorando o Brasil em muitas coisas, continua sendo um grande especialista em dar tiros no próprio pé. Parece inacreditável, mas, infelizmente, é isso mesmo!
ROLIM GANHA SUA ESCOLA MILITARIZADA
A oitava escola militarizada de Rondônia, a de ensino fundamental e médio Priscila Rodrigues Chagas, foi oficialmente implantada nessa semana, através de decreto assinado pelo governador em exercício, Zé Jodan, que é mais um político a sair daquela cidade para comandar o Estado, mesmo que interinamente. Antes deles, Rolim já deu ao Estado dois governadores: Valdir Raupp e Ivo Cassol, anos depois eleitos senadores, além de um terceiro nome, Expedito Júnior, que não governou, mas chegou ao Senado também pelo voto dos rondonienses.
Segundo o decreto, a escola agora será a oitava unidade do Colégio Tiradentes da Polícia Militar, passando a ser gerenciada pela Sesdec. O educandário será mantido financeiramente com recursos do Estado, mas também pelo programa nacional de criação de novas escolas militarizadas, que recebem grande apoio de Brasília, no atual governo.
Pelas redes sociais, o chefe da Casa Civil e um dos homens fortes da administração Marcos Rocha comemorou a inovação, resumindo a importância desse tipo de escola. Escreveu: “Nas cidades que já foram beneficiadas com a Escola Militarizada, o índice de criminalidade, roubos e tráfico de drogas nos bairros caíram em até 7 por cento e dentro das escolas o índice de uso de drogas é zero, sem roubo ou vandalismo.
Agora, em Rolim de Moura, o Colégio Tiradentes é uma realidade. Valorizar a educação é um dos compromissos desse governo”. Não há informação sobre o número de alunos que a escola abrigará.
DUAS DEZENAS DE NOMES
Vamos tentar colocar todos no mesmo tópico: Hildon Chaves, Léo Moraes, Daniel Pereira, Mauro Nazif, Vinicius Miguel, Eyder Brasil, Breno Mendes, Cristiane Lopes, Guto Pellucio, Fabrício Jurado, Elis Regina, Jaime Gazola, Pimenta de Rondônia, Roberto Sobrinho, Fátima Cleide, Hermínio Coelho, Edgar do Boi, Kazan Roriz, Aluízio Vidal, Jesuíno Boabaid.
Todos esses 20 nomes já foram citados, alguns mais, alguns menos, como possíveis candidatos à Prefeitura da Capital. Ainda há dúvidas se o PT vai indicar alguém (Roberto Sobrinho, se puder concorrer, é certamente o mais forte da sigla) ou se aliará a alguma coligação que o fortaleça. Hermínio Coelho quer concorrer, mas se não tiver recursos para disputar a Prefeitura, vai recomeçar sua carreira tentando voltar à Câmara de Vereadores, que, aliás, já presidiu. Os nomes mais fortes continuam os mesmos: Hildon, Léo, Daniel, Nazif, Vinicius.
Mas nada está nem perto de ser definitivo. E ainda faltam indicações que podem vir com apoio do Palácio Rio Madeira/CPA e outra com o aval do MDB, que continua sendo o maior partido do Estado. Caberá tanta gente na urna ou a depuração natural vai reduzir a poucos os pretendentes?
ROCHA: CHEIO DE PLANOS PARA 2020
Não dá para chamar de férias. Foram apenas alguns dias afastado da loucura que é governar um Estado como Rondônia, mas sem afastamento total. Pelo contrário: Marcos Rocha, mesmo distante, conversou praticamente todos os dias, eventualmente bem mais que uma vez por dia, com seu vice, Zé Jodan, que ocupou interinamente o poder, enquanto seu parceiro tentava se desligar da pauleira e esfriar um pouco a cabeça, para entrar com tudo no segundo ano de seu mandato.
Todos os principais assuntos em andamento ou resolvidos nesse janeiro, tiveram a participação do Governador que, mesmo à distância, monitorava tudo e era informado de tudo. Nessa segunda-feira, Rocha reassume novamente. Vem com a cabeça cheia de projetos. Vem com a intenção de fazer mais, cobrar mais da sua equipe e fazer as coisas andarem mais rapidamente.
Já houve avanços, mesmo num primeiro ano em que foi necessária adequar a administração ao seu projeto de governo e sem ter um orçamento à altura do que gostaria. Agora, prioridade para a construção do hospital de Pronto Socorro de Porto Velho e melhorias das estradas. Rocha volta animado, querendo um segundo ano muito melhor que o primeiro. Esperemos que consiga. Seu 2019 foi bastante positivo, no geral. Que 2020 seja melhor ainda…
PERGUNTINHA
Dá para acreditar que, 75 anos depois do fim da Segunda Guerra, ainda há quem não se revolte contra o nazismo, o mais assassino sistema de poder que a História da Humanidade já registrou?