O prefeito Laércio Marchini (PDT), terá que ter bons argumentos para explicar à sociedade e ao Ministério Público (MP) os motivos da falta de monitores de transporte escolar no município de Corumbiara às vésperas do ano letivo.
O caso veio à tona após matéria do Extra de Rondônia através da reclamação de pais que alertaram para uma possível tragédia devido à falta destes profissionais.
Os relatos constatavam que um ônibus escolar estaria trafegando sem monitor na Linha 03, sentido Vitória da União e a linha da Fazenda do Amir Lando, tendo, inclusive, brigas e um aluno teria sido flagrado com portando um canivete (leia mais AQUI).
Devido a esta situação, o promotor de justiça, Victor Ramalho Monfredinho, instaurou inquérito civil público para investigar as condutas dos agentes públicos que administram o município que – conforme o MP – mantiveram-se inertes “aguardando a expiração dos contratos emergenciais, ocorrida em 31/12/2019, sem empreender diligências concretas para a realização de concurso público”.
Após enviar ofícios ao prefeito e ao secretário de educação e receber as respostas, o promotor, ao instaurar a ação civil em 9 de janeiro, considerou que “as peças de informação acostadas aos autos demonstram que, a despeito da proximidade do início do ano letivo de 2020, o Município de Corumbiara não dispõe de monitores de transporte escolar em seu quadro de servidores” e considerou “a existência de indícios de que a situação decorre de condutas negligentes da atual gestão municipal, a qual, por anos a fio, tem se omitido ao dever de realizar concurso público para suprimento dos déficits apresentados pelo Município”.
Ainda, no ofício, o promotor, a fim de averiguar eventual prejuízo e situação de risco aos menores, solicitou ao prefeito que indique quais linhas ficarão sem monitores em 2020.
SECRETÁRIO TENTA EXPLICAR
No final de novembro passado, o secretário municipal de educação, Ajaj Alabi, garantiu ao Extra de Rondônia que “todos os outros ônibus estão com monitores atuando regularmente até que vença o seu contrato emergencial” e nega supostas brigas ou algum ato que pudesse prejudicar os alunos que utilizam o transporte escolar” (leia mais AQUI).