No período de chuvas, grande parte do gado de Mato Grosso encontra-se em pastagens em busca do ganho de peso, mas que requer menos investimentos comparado à época de seca.
Segundo o levantamento do Imea/Senar de propriedades modais no estado, nesta época, geralmente, o custo com a manutenção de pastagem é em torno de 2,7% do Custo Operacional (CO) da atividade de recria-engorda.
Contudo, há outros itens que pesam no bolso do produtor nas águas, como a aquisição de animais, a suplementação a pasto – que já é uma realidade em MT – e a mão de obra. A aquisição de animais ocupa uma fatia de 55,5%, a suplementação, 14,3%, e a mão de obra, 4,1% do CO.
Dessa forma, mesmo com o leve aumento da arroba e o menor desembolso com suplementação, quando se olha para os outros itens, como a aquisição de animais, atualmente não há tranquilidade para a margem do produtor, visto que os preços dessas categorias estão em torno de 20-30% maiores no comparativo anual.
Os preços da arroba do boi e da vaca gorda seguiram em valorização, com aumentos de 1,86% e de 2,74%, respectivamente, ante a semana passada.
As escalas de abate aumentaram levemente, com variação semanal de 0,25 dia, fechando em 7,30 dias. Apesar de os frigoríficos estarem se abastecendo para o carnaval, a dificuldade de compra ainda pauta o mercado, principalmente de machos.
Com a aproximação do início do mês, os preços no atacado registraram alta, o que fez com que o Equivalente Couro + Cortes Desossados + Coprodutos (ECD) aumentasse 5,07% quando comparado com a semana passada.
Com a contínua alta da arroba do boi gordo, a relação de troca boi/bezerro novamente subiu na semana passada, em 1,67%. Sendo assim, o indicador ficou em 1,91 cab./cab.