Reunião ocorreu na manhã desta terça-feira, 3, no gabinete do prefeito / Foto: Divulgação

A direção do Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul) se reuniu na manhã desta terça-feira, 3, com o prefeito Eduardo Japonês (PV) e secretários municipais para apresentação final do texto do Plano de Cargo, Carreiras e Salários (PCCS).

O documento já debatido ontem mesmo em assembleia dos servidores e, posteriormente, deve seguir para a Câmara Municipal de Vereadores.

Os benefícios do plano são os avanços mais significativos conseguidos pela classe desde que os pedidos pelo PCCS começaram, há vários anos.

“Desde que assumi a Prefeitura estou me esforçando ao máximo para liberar margem na folha de pagamento e isso pode ser visto pelos números: chegamos ao menor índice de gastos com pessoal em relação ao orçamento da história da Prefeitura, saindo de quase 55% no primeiro quadrimestre de 2018 para 46,2% no último quadrimestre de 2019. Extinguimos várias portarias de valores altos, reduzimos as nomeações de grandes salários e, mesmo assim, valorizamos os efetivos. Isso é importante e necessário”, explica Eduardo Japonês.

O texto final do PCCS prevê impacto de R$ 2,8 milhões no orçamento anual, sem contar as gratificações que poderão ser adicionadas ao montante, com impacto adicional de mais R$ 1,5 milhão. O recurso disponível após vários cortes já mencionados vai beneficiar mais de mil servidores que estão nas categorias que menos recebem atualmente na Prefeitura.

“A maioria destes que estão sendo beneficiados recebe apenas um salário mínimo. É um primeiro passo importante e muito grande. O maior de todos que a Prefeitura já deu na valorização de seus servidores, visto que o PCCS é um pedido de muitos anos que só agora foi possível, nesta gestão”, garante o secretário municipal de Administração, Welliton Oliveira.

A assessoria da prefeitura garante que o presidente do Sindsul, Wanderley de Campos, se mostrou pessoalmente feliz com a proposta da Prefeitura, apresentada após vários anos de reuniões negadas em outras administrações. “Apesar de eu ser bem neutro e até mesmo apolítico, tenho de dizer que essa gestão é muito aberta à negociação e diálogo com os servidores. Este PCCS é um avanço enorme. Continuaremos, inclusive, em reuniões com a Prefeitura para garantir mais avanços para o ano que vem, após o período eleitoral”, explicou.

O texto já foi analisado preliminarmente no sindicato na noite desta terça-feira, 3, e deve ser motivo de mais análises nesta quarta-feira.

De acordo com a presidência do sindicato, a maioria concordou com o texto apresentado, que ainda depende de encaminhamento para análise e votação na Câmara Municipal de Vereadores. Importante para reconhecer o valor dos servidores do município, o documento é produto de várias reuniões entre servidores, sindicato, Prefeitura e representantes da Câmara.

GREVE

Embora agora – conforme a assessoria de imprensa, o presidente do Sindsul afirme que a administração “é muito aberta ao diálogo”, em dezembro passado, a entidade iniciou uma greve para cobrar a concretização da promessa de campanha de Eduardo Japonês (leia AQUI e AQUI).

Os manifestantes até utilizou um caixão em passeata na principal avenida de Vilhena para simbolizar o que eles chamaram de “morte da dignidade do servidor” (leia mais AQUI)

Usando um caixão, a entidade fez greve em dezembro de 2019 para cobrar a concretização da promessa de campanha de Eduardo Japonês / Foto: Divulgação
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