O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro mostrou uma retração de 3,53% nos preços das carnes (bovina, suína e de aves).
O índice foi divulgado na quarta-feira 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Conforme nossa previsão, depois de uma grande aceleração no final de ano passado havia uma expectativa de recuo em janeiro e fevereiro em função do menor consumo e maior oferta de gado no pasto, favorecido pela chegada das chuvas em algumas regiões produtoras, e uma menor exportação”, salienta Sílvio Farnese, diretor de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em janeiro, a redução do preço das carnes já havia sido de 4,03%.
Segundo cálculos do IBGE, a carne de porco recuou ao consumidor 2,98%, o filé mignon caiu 7,13%, a alcatra teve recuo de 7,56%, o patinho registrou queda 4,22%, o acém caiu 0,29% e a costela recuou 1,73%. O preço do frango inteiro teve alta de 0,62.
“No campo houve uma estabilidade de preços recebidos pela arroba do boi no comparativo de fevereiro e janeiro e as exportações estão em ritmo menor do que o início do ano passado”, conclui o diretor. O valor do boi ficou, em média, R$ 195/arroba (15 kg) nos dois meses na praça de São Paulo.
Ainda de acordo com o IBGE, a queda nos preços das carnes influenciou no resultado do grupo Alimentação e Bebidas (0,11%). “Com a deflação observada em fevereiro, as carnes apresentaram o maior impacto individual negativo no índice do mês (-0,09 p.p.) e contribuíram para a desaceleração da alimentação no domicílio (0,06%)”, diz o Instituto.
O IPCA de fevereiro teve alta de 0,25%, o menor resultado para o mês desde 2000.