A redução das despesas operacionais é uma preocupação contínua de gestores e empresários. Sempre que existir a possibilidade de se diminuir os encargos financeiros ela deve ser investigada.
A Selic está na faixa de 4,25% ao ano, o que equivale a uma taxa de 0,35% ao mês. Tudo indica que ela, devido às bruscas e profundas oscilações do mercado, vai continuar caindo nos próximos dias, o que é oportuno e ótimo para a atividade econômica.
Ocorre que as taxas atualmente praticadas no mercado, para as operações mais comuns, são muito superiores aos níveis da Selic.
Diversos especialistas estão afirmando que os agentes financeiros estão sendo muito lentos em repassar para os clientes estas reduções de custos. Isto até pode ser entendido, porém não deixa de ser uma negligência gerencial.
Apesar disso, um número crescente de empresas está contratando novos empréstimos, a taxas menores, com a finalidade específica de liquidar antecipadamente dívidas anteriores, cujos custos financeiros eram superiores. Tal providência é salutar.
Acompanhando as operações das grandes empresas nacionais, percebe-se que elas estão recorrendo, com maior frequência, à emissão de debêntures, porque estes custos são inferiores aos praticados no mercado. Em uma delas, foi constatado que as operações com debêntures já ultrapassa a soma dos empréstimos bancários de curto e longo prazo.
Também deve ser lembrado que essa redução expressiva e sistemática de custo financeiro está agora tornando viáveis negócios que outrora não eram. Isso é estimulante e animador, em especial porque se aplica a todos os segmentos econômicos.
A busca da competitividade e sustentabilidade é imperiosa. Todos devem se envolver nesse processo. Recentemente acompanhamos a contratação de um financiamento para a aquisição de um caminhão. Um dos bancos, vendo que iria perder o negócio, solicitou a taxa de juros do concorrente para ver se poderia acompanhá-la. Essa é a nova realidade: disputa ampla e irrestrita pelo fechamento de cada operação financeira.
Ganhos financeiros também poderão ocorrer na negociação do pacote mensal de tarifas bancárias, na emissão de boletos, nas transferências interbancárias… E a boa notícia: as calculadoras financeiras estão voltando, a sinalizar que estamos ingressando num novo tempo!