Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Extra de Rondônia

Aquela empresa decidiu fazer seu planejamento operacional, para os próximos meses, segundo diferentes cenários econômicos. A seguir, resolveu selecionar um deles.

Neste caso, considerou-se um volume ótimo de negócios. Foram projetadas as receitas, os custos de fabricação, as despesas operacionais e o lucro final.

O mês tinha um número expressivo de dias úteis; não seria necessária a realização de horas extras; os resultados financeiros previstos eram encorajadores. A bem da verdade tratava-se de uma indústria com poucos concorrentes, sem maiores disputas de mercado, operando com margens operacionais razoáveis.

Então alguém argumentou: E se os impactos do coronavirus se intensificarem? E se tivermos de fazer um corte de 30% no volume físico, como ficariam os resultados? Feito isso, constatou-se que aquele bonito e desejável resultado financeiro, repentinamente se transformou num indesejável e amargo prejuízo.

Era necessário continuar a análise. Optou-se, então, por fazer cinco diferentes simulações de produção e vendas, com quantidades físicas variáveis, entre a melhor e pior alternativa. Independentemente da evolução dos custos de fabricação, identificou-se que existia um grupo de despesas “fixas” e um grupo de despesas “variáveis”. Na medida em que os volumes de produção baixavam, aumentavam, de maneira significativa, as despesas por unidade produzida.

Enquanto se realizava este exercício, ficou evidenciado, com clareza, onde se situava o ponto de equilíbrio (ou seja, montante de operações em que a empresa não gerava lucro nem prejuízo). A partir daí (ponto de equilíbrio), caso as vendas viessem a crescer de forma “aritmética”, os lucros iriam crescer de forma “geométrica”.

A grande vantagem do planejamento financeiro é esta: que você traz para o presente, uma situação futura. Agindo assim foi possível antever, com precisão, se aquela organização iria ter um “lucro” ou “prejuízo” em 5 diferentes níveis de produção.

Conclusão: O sucesso das empresas não está no maior ou menor tamanho das empresas; nem no fato de serem multinacionais ou nacionais; nem de serem antigas ou modernas; mas sim na competência e conteúdo profissional de seus administradores. Faça um planejamento desses e você estará capacitado a enfrentar com serenidade e segurança as adversidades do coronavirus. Eu recomendo isso!

sicoob

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