Dessa forma, até o último dia 31, já havia sido fixado o preço de 17,063 milhões de toneladas de açúcar para embarque na temporada atual, que começou no dia 1º. Os dados fazem parte de levantamento mensal da Archer Consulting.
Um ano antes, o volume de açúcar para exportação na safra passada (2019/20) que estava com preços fixados alcançava 11,043 milhões de toneladas.
Se as exportações desta nova temporada alcançarem 19,5 milhões de toneladas, a fatia dos embarques que já está com preço acertado é de 87,5%, o maior percentual de fixação antecipada desde o início da série histórica da consultoria.
Porém, a consultoria observa que o volume de exportação pode ser maior, já que as usinas brasileiras deverão maximizar sua produção de açúcar em detrimento do etanol, cujo mercado passa por uma conjunção de fatores negativos, como queda na demanda e nos preços. Se, por conta disso, a produção de açúcar for 4 milhões de toneladas maior, o percentual fixado até o fim de março seria de 72,5%, observou a Archer.
Com a necessidade de realizar mais negócios, os preços do açúcar na bolsa de Nova York podem ficar mais vulneráveis, observou a consultoria.
O avanço das fixações em março foi estimulado pela depreciação cambial. Enquanto os contratos futuros do açúcar demerara para entrega em março ficaram em média 330 pontos abaixo do valor médio em fevereiro, o dólar médio de março superou o do mês anterior em 12,7%.
Dessa forma, o valor médio de todo o açúcar fixado para embarque nesta safra até então ficou em R$ 1.300 a tonelada (com prêmio de polarização, referente à qualidade do produto, posto no porto de Santos). Em fevereiro, o valor médio era ligeiramente maior, de R$ 1.313 a tonelada.
Porém, um ano atrás, o preço médio de fixação para a safra 2019/20 era de R$ 1.163 a tonelada.