Há alguns anos atrás uma multinacional agrícola, operando no país, ofereceu um treinamento para seus gerentes da área industrial, engenharia, assistência técnica, vendas, compras, financeiro e recursos humanos.
O instrutor apresentou a eles um problema, para ser resolvido em uma hora e meia: O míssil espacial disparado pela NASA fracassou. Era preciso identificar a razão daquele insucesso. E só!
Os medíocres poderiam afirmar: mas eu não sou engenheiro espacial; desconheço a NASA e seus protocolos; ignoro seus métodos de trabalho; quem sabe a experiência anterior no envio de foguetes espaciais possa explicar…
Teste bom é aquele que nos tira da zona de conforto; que nos empurra até o limite de nossa capacidade profissional; que explora nossa inteligência e criatividade; que exige de nós resultados urgentes e no menor prazo.
Gosto de observar as estratégias adotadas por diferentes países no combate ao coronavírus. Há aqui lições preciosas a aprender, bem como oportunidades de identificar ações e posturas indevidas. É impressionante como os governos adotam distintos caminhos, para um problema comum. Muitas estratégias; resultados pequenos. Nunca antes a ciência, a indústria, a tecnologia e a abundância de recursos andaram tão juntas e solidárias. A despeito de tudo o que está sendo feito, investigado e experimentado, o vírus aparenta estar vencendo a batalha.
Nós, gerentes e administradores, temos o dever de: 1-Elevar nossos olhos e reagir convenientemente; 2-Ter a habilidade de converter nossa experiência anterior em ferramenta apropriada de resolver novos problemas; 3-Ser sensíveis, ter percepção, capacidade de ir à origem dos problemas, identificar opções de solução, testando-as, avaliando-as e colocando-as em prática.
Nossas empresas precisam de gestores com esse perfil. Seria uma decepção frustrar as expectativas de tantos. Em outras palavras, hoje é o tempo de descobrirmos porque o míssil falhou!
Diversas pessoas já estão prevendo o reinício da atividade econômica do país, no segundo semestre. Este é o tempo oportuno para planejarmos com racionalidade. Afinal, somos todos profissionais. Este é o momento de fazermos o possível para que a atividade econômica retorne, sem sobressaltos nem caos. No período de pré-crise o país já sacrificou, com o desemprego, a vida de milhões de brasileiros.
Concluindo: temos deveres a cumprir e responsabilidades a exercer. O destino de inúmeras empresas está em nossas mãos. Nada menos do que o “melhor” é esperado de mim e de você.