A OMS (Organização Mundial da Saúde) vai enviar mais 30 milhões de testes de coronavírus nos próximos 4 meses para os países que precisarem. As primeiras remessas começarão a ser enviadas na próxima semana, disse o diretor-geral Tedros Adhanon.
A organização vem defendendo a testagem em larga escala como uma das formas de controle da epidemia, mas muitos países enfrentam dificuldades por não terem estruturas de produção ou acesso a matéria-prima. A disponibilidade de testes é, inclusive, uma das pré-condições estabelecidas pela OMS para o relaxamento de medidas de isolamento.
Além da entrega dos exames, a organização continuará enviando equipamentos médicos de proteção contra a doença, como máscaras, protetores faciais e óculos para os 120 países na lista de prioridade. Os esforços para entregar o material também serão reforçados no continente africano.
Segundo o diretor, entre abril e maio, a OMS quer enviar 180 milhões de máscaras cirúrgicas e óculos de proteção, para os países mais necessitados. Com a pandemia, os equipamentos de segurança básico estão esgotando pelo mundo e diversos países não conseguiram estocar material suficiente para se proteger.
Tedro também comentou sobre a suspensão e relaxamento das quarentenas pelo mundo e reforçou que é preciso garantir que a transmissão do vírus está sob controle.
“Suspender as restrições não quer dizer que a pandemia acabou”, alertou.
Ele explicou que as quarentenas são necessárias para controlar os picos de transmissão da doença e aumentar o número de contágios, mas que o isolamento sozinho não consegue acabar com a doença e que os países precisam continuar fazendo testes, tratando os doentes e rastreando os contágios.