Professora afirma ter “feedback” positivo dos alunos / Foto: Divulgação

Enquanto profissional, a professora dos cursos de pedagogia e de arquitetura e urbanismo da Unesc, Tainah Musa Lobato confessa que precisou reaprender a ensinar nesses tempos de coronavírus.

Segundo a docente, o espaço da sala de aula presencial é seu habitat natural. Cheia de energia, por natureza e o movimento está na professora, conhecida por gesticular bastante, falar muito e alto e por todo carisma e simpatia que esbanja dentro de sala.

“Gosto da interação com os alunos e gosto de percebê-los no processo, impeli-los à participação na formulação dos conceitos e do próprio aprendizado. A participação deles é meu combustível”, enaltece Tainah.

No curso de arquitetura e urbanismo na Unesc, a docente ministra aulas de história e teoria da arte e da arquitetura e arte e educação. Além de amar contar histórias, a professora Tainah é apaixonada por este universo, o que a faz criar os mais variados ambientes enquanto ensino.

“Os alunos em minhas aulas, por exemplo, não podem sentar em fileiras, precisam reconstruir o espaço literalmente, a cada aula, nada de lugar marcado e zona de conforto. Brinco com eles que divido fofocas e anedotas históricas e levo todos comigo nas minhas viagens”, brinca.

Mas em virtude do isolamento social, como forma de enfrentamento a doença Covid-19, ocasionada pelo novo coronavírus, a professora Tainah confessa que precisou se redescobrir, no ambiente virtual de aprendizagem, enquanto educadora e contadora de histórias.

“Primeiro me vi encaixotada! Com limites físicos e sem lousa. Segundo, longe da minha dileta plateia! Como proceder? O desafio de prendê-los a atenção e mantê-los interessados nos pormenores da história e da história da arquitetura havia sido atualizado”, destaca.

A professora confessa ainda que sentiu medo, mas seguiu em frente mesmo assim! “É uma novidade para todos e fui com medo mesmo. Resultado: adaptei slides e material visual, compactando e adequando ao novo formato de aula, simplifiquei os conteúdos em material disponibilizado previamente. A cada encontro, ouvia os desejos e angústias dos meus alunos a cerca da situação de isolamento e das aulas remotas, brinquei com novos materiais na nova sala de aula caseira, escrevendo no revestimento da parede da cozinha, como um quadro branco, mudei de cômodo na casa para mudar o cenário e não ficar tão monótono, e por aí vai”, ressalta.

Segundo a docente da Unesc, o segredo pra fazer dar certo não sei se existe, o que existe é vontade de fazer dar certo e fazer bem feito. “Tenho todo o suporte das coordenações dos cursos que estou lotada, tenho parceria fechada com os professores dos colegiados dos quais faço parte, os meus alunos são os melhores que eu poderia ter e a direção da Unesc não mediu esforços para nos capacitar. E acho que somado a isso, eu talvez seja mesmo uma boa contadora de histórias e esse seja o meu segredo”, brinca a professora Tainah.

sicoob

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