Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã deste sábado (2) que não será alvo de nenhum “golpe” em seu governo. A declaração foi dada a um grupo de apoiadores que se aglomeravam em frente ao Palácio do Alvorada.

“Ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição”, disse Bolsonaro. “Ninguém vai querer dar o golpe para cima de mim, não”, declarou. Após o comentário, Bolsonaro entrou no carro e partiu, sem dizer exatamente ao que se referia. A assessoria do presidente não informou o destino de Bolsonaro ao deixar o Alvorada.

Em publicação no Twitter, Bolsonaro chamou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de “Judas”. “O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?”, afirmou, em referência às investigações sobre a facada que Bolsonaro recebeu durante a campanha presidencial em 2018.

Bolsonaro enfrenta um momento de forte desgaste com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e com o Supremo Tribunal Federal. No dia 20 de abril, ele participou de um ato público que pedia intervenção militar no País e o fechamento da Câmara e do STF.

Nesta sexta (1º), Bolsonaro esteve reunido por cerca de três horas com o novo ministro da Justiça, André Mendonça, no Palácio da Alvorada. O compromisso não contava na agenda oficial das autoridades..

As informações levaram o ministro do STF Alexandre de Moraes a determinar a suspensão de Ramagem no dia de sua nomeação, o que pegou o governo de surpresa e deixou Bolsonaro indignado. Se no dia o presidente disse que entendia e respeitava a decisão do Judiciário, no outro declarou que não tinha “engolido” ainda o assunto.

 

Na quinta-feira, 30, Bolsonaro declarou, em transmissão feita por meio de suas redes sociais, que tinha feito um “desabafo” ao avaliar como motivação política a decisão do ministro Alexandre de Moraes, de barrar a nomeação de Ramagem.Bolsonaro voltou a insistir para que o STF reveja a decisão e pediu para que os ministros levem em conta o currículo do policial. Na PF desde 2005, Ramagem tem experiência no combate ao crime organizado e de colarinho branco, mas teve a indicação criticada por conta do lobby que os filhos do presidente fizeram para que ele fosse o escolhido em substituição a Maurício Valeixo.

 

sicoob

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