Na última sessão ordinária realizada na manhã de terça-feira, 5, na Câmara de Vilhena, o vereador Carlos Suchi (Podemos) questionou o arquivamento de sindicância na prefeitura que poderia ocultar suposto crime administrativo.
A tal sindicância analisava o destino dado a 280 m3 de madeira serrada apreendidas pelo IBAMA em Espigão do Oeste e doadas para a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Vilhena.
A questão é que o material teria sido desviado para outros fins, burlando o que foi estabelecido no termo de doação.
Em agosto de 2019, o caso foi denunciado por Suchi na Polícia Federal (PF) (leia mais AQUI).
Paralelamente, o caso era analisado por sindicância na prefeitura de Vilhena.
Contudo, na sessão legislativa, o parlamentar ficou surpreso com o arquivamento tendo como justificativa a exoneração do servidor comissionado que foi até Espigão do Oeste buscar as madeiras e não haveria ninguém para ser responsabilizado.
Entretanto, para Suchi, quem tem que ser responsabilizado é o prefeito Eduardo Japonês. Segundo o parlamentar, dias após o servidor ser exonerado, convidou-o para ir no seu gabinete e este revelou que o prefeito tinha conhecimento da doação das madeiras.
“A prefeitura alega que são 127 m3 de madeira, na realidade foram 280 m3. É o que consta na documentação que temos do Ibama. Assim que o servidor foi exonerado, chamei ele aqui no meu gabinete e ele falou claramente que Eduardo Japonês tinha todos o conhecimento da ida dele a Espigão do Oeste para buscar essa madeira. Inclusive falou mais: disse que o prefeito orientou para que ele fosse com a caminhoneta para ter uma autoridade melhor, ia chegar com um carro bom. Ele pensava ir com um Saveiro. Aí, por determinação, pedido ou orientação do prefeito foi de SW4, que chamaria mais atenção e teria mais êxito nas doações de madeira. Não vejo nada de irregular nas doações de madeiras, muito pelo contrário, melhor do que apodrecer no pátio. Mas essas madeiras vieram prá cá (Vilhena) e depois desapareceu. Então, fico feliz que realmente todos estejamos fiscalizando. Esta Casa de Leis não é funcionária de prefeito”, ressaltou.
O parlamentar disse que irá direcionar ofício ao mandatário municipal para que ele dê mais detalhes a respeito do misterioso caso.