Compreendendo produto in natura (frango inteiro e cortes), industrializados e carne salgada, os dados consolidados da SECEX/ME relativos às exportações brasileiras de carne de frango confirmam que, após cinco meses consecutivos de resultados positivos, o volume embarcado em abril enfrentou redução em relação ao mesmo mês do ano anterior.
O total exportado no mês – 333.525 toneladas – representou queda de quase 6% sobre abril de 2019, além de se situar cerca de 3% abaixo do registrado no mês anterior (343.689 toneladas em março/20). Neste caso, porém, é oportuno lembrar que, além de ser mês mais curto, abril teve dois dias úteis a menos que março. E isso considerado, a redução observada no mês acaba revertida, na realidade, em uma alta de quase 7%.
Completado o primeiro terço do ano (quadrimestre janeiro/abril), as exportações brasileiras de carne de frango somam 1,337 milhão de toneladas, apresentando expansão de pouco mais de 5% sobre idêntico período de 2019.
Tomando como base esse volume e levando em conta que – na média dos últimos 20 anos – as exportações de carne de frango do primeiro quadrimestre corresponderam a cerca de 31% do total anual (34% no segundo quadrimestre e os restantes 35% no quarto quadrimestre), projeta-se para 2020 volume superior a 4,3 milhões de toneladas, o que significaria alcançar o recorde mantido há quase quatro anos (perto de 4,309 milhões de toneladas em 2016).
Claro, vivemos momento inédito e, por decorrência, projeções do gênero não têm o menor valor. Mas vale a pena apostar. A demanda mundial e o câmbio favorável iluminam o caminho em direção a um novo recorde.