A sessão ordinária desta terça-feira, 12, na Câmara de Vilhena, foi voltada à assunto do momento: coronavírus.
Mas, nesse momento de pandemia, em que todas as ações são voltadas à aplicação de dinheiro público no setor de saúde pública, houve quem falasse de gastos desnecessários na gestão do prefeito Eduardo Japonês (PV).
O vereador Carlos Suchi, que ao lado do colega de parlamento Samir Ali, apresentou indicação solicitando gratificação para os profissionais da saúde que estão na linha de frente ao combate do covid-19, lembrou do megaprojeto “Vilhena para o Futuro”, feito pelos arquitetos e urbanistas do escritório Jaime Lerner, de Curitiba.
Nesta “empreitada”, a prefeitura de Vilhena gastou R$ 610 mil, sem licitação, para receber apenas imagens.
O caso foi parar na justiça e o autor da ação alertou às autoridades para “gentilezas” às escondidas pedindo a condenação do prefeito e anulação do contrato (leia AQUI). Contudo, a Justiça julgou a ação improcedente (leia AQUI).
Suchi questionou a realização do Plano Direitor e alertou aos parlamentares para a realização de fiscalização dos recursos públicos nesta época de pandemia para que Vilhena não volte aos desmandos do passado (se referindo à gestão Zé Rover, quando o prefeito, vice, secretários e vereadores foram presos por crime administrativo).
“A gente esquece dos R$ 600 mil que foi gasto em nosso município para que o Plano Diretor que ninguém sabe como está. O que está acontecendo? Na época não passou por esta Casa, que falava sobre a Vilhena do futuro. Onde está o senhor Jaime Lerner? Sabemos que é um excelente profissional, mas precisamos saber o que houve com nossos R$ 600 mil que foi pago que foi para fazer esse megaprojeto. Hoje todos os vereadores tem se preocupado com a fiscalização mais aprofundada nesse período. Não estou dizendo que o executivo, os secretários, estão fazendo algo errado. Mas nós vereadores temos nos preocupado com a saúde. Vai vir uma verba muito alta para nosso município. Estamos fiscalizando para que Vilhena não volte aquele desmando, marasmo, que teve no passado”, ressaltou.
MAIS GASTOS COM DISPENSA DE LICITAÇÃO
Suchi questionou a compra de R$ 45 mil de óleo, com dispensa de licitação, na Secretaria Municipal de Obras (Semosp). “Vou buscar mais informações sobre isso. Mas não justifica, já que não é setor de saúde, que está amparado neste período”, completou.
O vereador também discordo da prefeitura que vai pagar R$ 78 mil, com dispensa de licitação, pelo aluguel de um hotel para acomodar as instalações da Secretaria Municipal de Planejamento (Semplan).