Cirone Deiró junto ao grupo de mães atípicas / Foto: Divulgação

A “Semana da Mãe Atípica”, criada pela lei 4.615/2019, de autoria do deputado Cirone Deiró, realizada sempre na terceira semana de maio, busca incentivar a promoção de políticas públicas de proteção às mães de pessoas com deficiência.

A lei prevê a capacitação dos servidores públicos estaduais, especialmente da área de saúde e assistência social para o acolhimento, diagnóstico e tratamento de doenças emocionais que podem surgir decorrentes da maternidade atípica.

A realização de encontros, seminários, conferências e fóruns de debates tendo como foco central a maternidade atípica, são algumas das ações asseguradas na primeira lei que criou a “Semana da Mãe Atípica” para dar visibilidade a essas mães.

De acordo com o autor da lei, deputado Cirone Deiró, o reconhecimento e a valorização da mãe atípica na sociedade deve ser um compromisso do poder público e da sociedade. Segundo ele, a omissão do governo e o silêncio da sociedade compromete o esforço dessas mães na busca por atendimento aos seus filhos.

“Conheço a rotina de algumas dessas mães e sei das dificuldades que elas enfrentam para assegurar o básico para os seus filhos em relação ao acesso aos serviços de saúde, educação e ação social. Não podemos submeter as mães de pessoas com deficiência a uma peregrinação pela burocracia dos serviços públicos, a cada vez que seus filhos precisam de algum atendimento”, defendeu.

O Estado de Rondônia é pioneiro na criação de uma Lei que estabelece uma semana voltada ao tema da “Maternidade Atípica”. Para Flaviana Tertuliana, mãe de um casal de filhos com deficiência e uma das pioneiras do movimento denominado “Mães Coragens Indesistíveis”, a sugestão da lei que criou a “Semana da Mãe Atípica” foi apresentada ao deputado Cirone Deiró, que de imediato assumiu a bandeira em defesa das mães de filhos com deficiência.

“A primeira ‘Semana da Mãe Atípica’ é a realização de um sonho. Estamos agradecidas ao deputado Cirone pela sensibilidade que ele tem tido com a nossa causa”, afirmou.

A também mãe atípica, Imoni Marinho, reconhece que a “Semana da Mãe Atípica” é um importante espaço para a discussão da realidade vivenciada por essas mães, além de apresentar ao poder executivo as necessidades relacionadas a adoção de políticas públicas para atender as mães de pessoas com deficiência.

“Sempre sentimos necessidade de construir um diálogo com o governo do Estado sobre os desafios nas áreas da saúde, ação social, educação que as mães atípicas enfrentam na busca pelo atendimento aos seus filhos. Essa lei de autoria do deputado Cirone Deiró nos trouxe essa possibilidade e com certeza vai contribuir para reduzir a indiferença e a falta de empatia com que somos tratados nos diferentes setores do governo na rotina pela busca de cuidados com os nossos filhos”, explicou.

Na avaliação do deputado Cirone Deiró, o protagonismo das mães atípicas precisa do reconhecimento do poder executivo e da criação de uma rede de serviços que atendam às necessidades relacionadas a saúde mental dessas mães. “Essa realidade nos motivou a trabalhar pela criação de um programa de atendimento integrado de assistência social, saúde física e mental, destinado às mães atípicas – mães de pessoas com deficiência – e cuidadoras, por meio da constituição de uma Rede de Apoio Integrada”.

Considerando a restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, as atividades da primeira “Semana da Mãe Atípica” estão sendo realizadas diariamente por meio de lives nas redes sociais do grupo “Mães Coragens Indesistíveis”.

No primeiro dia de programação o evento contou com a presença da psicóloga de São Paulo Mariana Bonnás e da mãe atípica, Flaviana Tertuliana, tendo Fabiano Barros como mediador.

sicoob

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