Rondônia alcançou o primeiro lugar em produção leiteira na Região Norte, ultrapassando o Pará, antigo líder do setor na região, no entanto muitos produtores ainda não estão satisfeitos com os resultados de sua produção, em especial agora que vivemos esse momento de pandemia quando muitos estabelecimentos de consumo estão fechados, como lanchonetes, bares e sorveterias.
No entanto, a demanda que havia caído já está voltando ao normal e o produtor deve aproveitar o momento para rever suas práticas de manejo, e se preparar para vencer o desafio de produzir mais com o mesmo número de vacas ou até menos, com o uso de novas técnicas de manejo do rebanho.
Hoje em dia com as novas tecnologias os especialistas em zootecnia, e os produtores mais à frente na modernidade rural, não defendem mais o aumento da produtividade leiteira apenas no conceito de produção de leite por vaca dia, agora é preciso considerar também a produtividade e o custo de produção do leite, por hectare utilizado.
Em Ouro Preto do Oeste, município com tradição na produção leiteira de Rondônia, a zootecnista Líliam Barbosa da Silva, extensionista da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO), fala aos produtores que o momento não é de reclamar do preço do leite, mas de dar respostas em produtividade e qualidade, até porque as crises são passageiras enquanto que o leite jamais vai deixar de estar presente no café da manhã dos brasileiros e nas prateleiras dos mercados, na forma de queijos, iogurtes, e também nos sorvetes.
O produtor de leite precisa ser competitivo pra vencer o desafio imposto pelos baixos preços e concorrência, como exemplo do que pode ser feito a Líliam, apresenta o caso do produtor Sildomar, assistido por ela em Ouro preto, que adotou as técnicas de manejo do rebanho, como controle estratégico de parasitas, com vermifugações antes e depois do período chuvoso, investiu na pastagem e na genética do rebanho, seguindo as orientações técnicas o produtor saiu de uma produção de 5 litros de leite dia para 14,8 litros por vaca dia.
Naturalmente que não precisa fazer tudo de uma vez, mas precisa começar procurando orientação de um técnico, e se possível ingressar em um dos programas de fomento a produção mantidos pelo governo do Estado, agora mesmo a Secretária de Estado da Agricultura (Seagri) está facilitando o transporte de calcário para os produtores que quiserem renovar suas pastagens e se enquadram no programa do Proleite.
Para saber como se inscrever no projeto de fornecimento de calcário do Proleite, faça contato com um extensionista da Emater-RO, enquanto os escritórios estiverem fechados por causa da pandemia, os agricultores estão sendo atendidos através da ferramenta digital Serviço de Assistência Digital (SAD) que atende via whatsApp (69) 32113734, somente através de texto.