O abate de frangos no 1º trimestre de 2020 totalizou 1,51 bilhão de cabeças, novo recorde na série histórica iniciada em 1987. Esse resultado ficou 5,0% acima do mesmo período do ano passado e foi 2,8% superior ao 4° trimestre de 2019.
O mês com o maior resultado no trimestre foi março, que apresentou uma expressiva diferença em relação a março de 2019: 12,8% a mais. Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada pelo IBGE, e que reflete apenas 15 dias dos efeitos do isolamento social para o combate da Covid-19.
Das 25 unidades da federação que têm estabelecimentos com abate de frangos inspecionado por fiscalização sanitária, 17 tiveram aumentos que contribuíram para a adição de mais 72,44 milhões de cabeças de frangos em relação ao 1° trimestre de 2019. O Paraná, que detém mais de um terço (33,5%) da produção nacional, teve também o maior aumento, 38,31 milhões de cabeças.
O abate de suínos, que chegou a 11,88 milhões de cabeças, foi recorde para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1997. O resultado ficou 5,2% acima do mesmo período de 2019 e 0,2% abaixo do trimestre imediatamente anterior. Tal como ocorreu com os frangos, março foi o mês com maior atividade, 9,6% acima do mesmo mês em 2019. Santa Catarina, estado que contribui com 28,3% do total da produção nacional, teve um aumento de 352,09 milhões de cabeças em relação ao primeiro trimestre de 2019.
EXPORTAÇÕES
Um dos fatores que estimularam o aumento no abate de suínos e frangos foi o mercado externo. Houve um recorde de exportações de carnes para um primeiro trimestre, para suínos e bovinos, além de ser o segundo melhor primeiro trimestre da série para frangos, só ficando atrás do trimestre equivalente de 2017.
“A China aumentou bastante a participação nas nossas exportações das três proteínas. O país está sendo afetado pela peste suína africana, portanto eles tentam compensar a perda na sua produção interna com as carnes brasileiras”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Viscardi.