Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Vamos recomeçar? Depois de tudo que passamos, das dores, das tristezas, de vermos mais de 300 dos nossos queridos amigos, familiares, conhecidos irem embora, será que vamos ter a consciência de tentarmos sobreviver com dignidade, enfrentando um mal terrível, algo sem semelhança com qualquer outro  mal que já nos atingiu, protegendo-nos e protegendo aos outros? Será que a maioria de nós aprendeu com as empresas que puderam funcionar durante a pandemia, de como devemos nos portar? Das proteções que precisamos? Dos cuidados, da máscara, do álcool gel, do distanciamento, do não às coronas festas? Haverá mesmo uma luz no fim do túnel, quando está prestes a entrar em cena mais uma flexibilização proposta por governo e empresários (claro, se a Justiça, que tem a última palavra, assim o permitir!), para que possamos diminuir o contágio e ao mesmo tempo tentarmos não morrer pela pandemia de uma crise econômica, que também pode ser mortal para Porto Velho e para toda a Rondônia? São muitas perguntas, é claro, mas só se saberá as respostas corretas depois de vermos qual será a reação da grande maioria da população, depois que as portas das empresas recomeçarem, lentamente e com toda a segurança, a abrirem de novo. Uma parte abrirá na esta segunda, a dos serviços essenciais. A outra a partir de terça. Quantos CNPJs e quantos empregos ainda salvaremos?

O sucesso ou o fracasso dessa nova tentativa de recomeçarmos uma vida em direção à normalidade dependerá muito mais de todo o povo do que das autoridades e do empresariado. O governo e a Prefeitura precisam ampliar as ações da parte que lhes cabe: mais leitos, mais UTIs, mais exames, mais kits de medicamentos, melhor qualidade no atendimento, principalmente na fase inicial da doença. Teremos provavelmente, até o final da semana, dezenas de novos leitos e 10 UTIs no Regina Pacis, comprado pelo governo e no hospital preparado com a ajuda de empresários.

Para pelo mais 50 leitos, no CRAS. Há ainda os 50 leitos prometidos pela Prefeitura, que deverão também ser agilizados. De parte dos empresários, cuidados redobrados com a segurança sanitária, controle total para evitar aglomerações, tornando suas lojas e suas empresas portos seguros, onde o vírus não transita e nem se transmite. Resta então, neste triângulo vital para que possamos recomeçar, o povo. O rondoniense. O porto velhense, em especial. Porque é na Capital onde os números de infectados, internados e mortos são muito mais assustadores.

Onde o isolamento é seguido por um percentual ainda muito baixo de pessoas. Onde ainda se programam festas, confraternizações, bebedeiras, banhos e, é claro, onde o vírus se esbalda. Podemos vencer a Covid 19 ou ao menos torná-la menos agressiva e mortal? Claro que podemos. Mas sem a participação popular, sem o aval efetivo da comunidade, o risco é que a doença aumente e que tenhamos que fechar tudo de novo. O novo tempo na guerra ao corona depende de todos nós. E de cada um de nós!

CNPJS E EMPREGOS TAMBÉM MORREM

Marília é uma das cidades com maior desenvolvimento do interior de São Paulo. Cidade cheia de História, de vitalidade, sempre de olho no crescimento e no futuro. Nessa semana, depois de uma longa paralisação da sua economia, por causa da crise do corona, Marília recomeçou a busca pela normalidade. Quando a retomada chegou, uma enorme tristeza tomou conta de toda a comunidade: pelo menos 30 por cento de todos os CNPJs foram sepultados, durante a doença, tirando do mercado dezenas de empresas e centenas de empregos.

Marília é, infelizmente, um retrato em preto e branco do que pode acontecer com a grande maioria das cidades brasileiras, sejam grandes, médias ou pequenas. Como pode acontecer com Porto Velho, por exemplo. Aqui, muitas portas fechadas há mais de dois meses jamais abrirão novamente. E com elas, foram-se os empregos e a segurança de incontáveis famílias. Por isso, temos que recomeçar logo e com todos os cuidados. Senão, vamos trilhar o mesmo caminho de tantas Marílias pelo país afora!

EMPRESA AÉREA DE RONDÔNIA NA GUERRA AO CORONA

Nessa loucura toda, uma verdadeira guerra que estamos vivendo contra a pandemia do corona vírus, há inúmeros exemplos positivos que precisam ser destacados. Um deles é o de uma empresa genuinamente rondoniense, que tem ajudado a salvar muitas vidas, pela agilidade, seriedade e rapidez com que trabalha e ajuda portadores da doença, transportando pessoas contaminadas, para que sejam tratadas e tenham melhores chances de vencer a Covid19. Trata-se da Rima Aerotáxi, com suas bases em Porto Velho e Manaus, voando principalmente em Rondônia e Amazonas, mas também deslocando pacientes para outras regiões do País.

Além desse importante trabalho transportando pessoas, há ainda outra ação importante da Rima: o transporte  também de medicamentos e equipamentos, que igualmente salvam muitas vidas. Num voo recente, equipe da Rima  buscou medicamentos e equipamentos de combate à Covid 19 em São Paulo. Entregou tudo em tempo recorde em diversas capitais do pais, num roteiro que abrangeu Rio Branco, Porto Velho, Manaus, Belém e Macapá. A empresa tem, há muitos anos, presença importante e destacada na integração de toda a região norte e de outas regiões do país.

UMA CÁPSULA QUE ISOLA O PACIENTE

No Estado do Amazonas, a Rima está atualmente realizando voos diários, transportando pacientes da Covid do interior para a capital Manaus, auxiliando de forma direta e importante na luta diária contra a terrível doença. A Rima transporta os doentes com toda a segurança e, para evitar contaminação, utiliza, por exemplo, uma cápsula especial, hermeticamente fechada, onde a equipe médica acessa o paciente, sem contato direto ou partículas de respiração, sem qualquer risco de contaminação.

Pré e pós voo, é realizada uma completa higienização das aeronaves, de acordo com os protocolos da Anvisa. Os voos diários para transporte de doentes, uma das especialidades da empresa aérea rondoniense, podem ajudar ainda mais, na medida em que atuar diretamente nas ações governamentais. Infelizmente, questões burocráticas e complexas, fazem com que nosso Estado, eventualmente, prefira contar com serviços de empresas de outros Estados para esses serviços, quando temos aqui, certamente uma das maiores especialistas do país neste contexto.

POR MILHÃO DE PESSOAS, SOMOS O 19º EM MORTES

Não se pode, é claro, tentar diminuir o potencial de destruição da pandemia, tanto sobre as vidas humanas quanto para a economia e para a sociedades, como um todo. Seria absurda irresponsabilidade ignorar a letalidade do vírus, os mais de 4 milhões de contaminados pelo mundo; os 850 mil no Brasil e os quase 12 mil em Rondônia. Pior seria tentar diminuir a volúpia assassina da Covid, que já matou mais de 42 mil brasileiros e 309 rondonienses, até a noite desse sábado. Mas também não se pode viver do exagero, apenas de más notícias e cálculos facciosos, que nos põe muito mais medo e nos deixa prostrados ante a temida doença.

Um exemplo é o que destaca a grande imprensa: que somos o segundo país do mundo no número de casos, fazendo uma conta simplória, como se todos os países do mundo fossem do mesmo tamanho e tivessem a mesma população. Basta se fazer uma conta justa, como por exemplo o número de contaminados por milhão de habitantes e cairemos para um glorioso 22º lugar. No número de óbitos mundo afora, cairíamos, numa conta por milhão de habitantes, do segundo para a 19ª posição. Além disso, somos o primeiro lugar no Planeta no número de pessoas recuperadas. Não custa se informar um pouco em outras mídias, que não parte da brasileira, que está vivendo da crise do corona, para se ter um pouco de esperança.

NANICOS SEM VOTO VÃO GANHAR 43 MILHÕES

Enquanto o brasileiro comum tenta sobreviver ao vírus, à crise econômica, ao assalto ao seu bolso por parte dos governos de todos os estágios; enquanto tenta escapar de taxas, tributos, emolumentos, cobranças absurdas do Imposto de Renda e dos Detrans da vida, apenas para citar alguns exemplos, os políticos nadam de braçada. Apoiados pelo novo partido do país, o PSTF (o STF que se politizou!), siglas nanicas, aquelas criadas para negociatas de balcão, trocando segundos preciosos no horário eleitoral gratuito (aliás, gratuito para eles, porque nós, os otários de sempre, pé quem pagamos a conta, com nossos impostos, além de termos que suportar esse castigo nas rádios e TVs), esses arremedos partidários vão receber nada menos do que 43 milhões de reais.

Algumas dessas pragas, que só aparecem em tempos de campanhas, jamais elegeram um só vereador, mesmo sendo mantido com nosso dinheiro anos e anos. Entre eles, excrescências como o PCB, PCO, PMD, PRTB (esse conseguiu atrair o vice-presidente General Mourão, que não tinha para onde ir), o ridículo PSTU e um tal de UP, Unidade Popular (alguém aí ouviu falar nessa coisa, para não dizer algo pior?) Toda essa gente vive em função do dinheiro público do fundo eleitoral. Enchem os bolsos a cada dois anos, enquanto os panacas suam dia e noite para contribuir com parte do que conseguem ganhar, para sustentar esse tipo de partido. Isso é democracia? Onde?

MAIS DE 40 MIL TESTES REALIZADOS

Há um grande esforço por parte do governo do Estado em ampliar significativamente o número de testes da Covid 19. Desde o final da semana passada, quando houve o drive thru para os testes defronte o Palácio Rio Madeira/CPA, que o volume de testes deu um salto. Certamente por isso também aumentaram em muito os números de contaminados nas últimas semanas, na medida em que centenas de pessoas estavam com o vírus e não sabiam.

Neste final de semana, num esforço da equipe da Sesau, com a participação do próprio governador Marcos Rocha e comando o secretário Fernando Máximo, mais de mil testes rápidos foram aplicados. Até agora, a soma dos testes superou os 40 mil, praticamente duplicando por quatro o número de menos de três semanas atrás. A intenção é aumentar ainda mais o número de testes. Todas as pessoas que têm resultado positivo durante a testagem nos drive thru, já vão para casa com um kit de medicamentos. Nos casos em que há acordo entre paciente e seu médico, o Estado também fornece a cloroquina.

LIDERES EMPRESARIAIS NA GUERRA AO VÍRUS

Há que se destacar o esforço, participação ativa, espírito comunitário e apoio incondicional de grande parte do empresariado e de suas entidades representativas, na batalha contra o vírus, que todos os rondonienses também enfrentam. Nomes como os do presidente da Fiero, Marcelo Thomé; da Fecomércio, Raniery Coelho; da CDL, Joana Joanora e de tantos outros, merecem serem registrados. O mesmo há que se dizer de dois líderes do setor que têm se destacado nessas batalhas.

Francisco Holanda, o Chico Holanda, presidente do Instituto Empresarial e Adélio Barofaldi, são dois líderes do setor produtivo que, sempre preocupados com as empresas e empresários, jamais abrem mão de sua cidadania e do esforço que fazem para contribuir com as autoridades e com a coletividade. Da mesma forma, não se pode esquecer do empresário César Cassol, que tem participado de todas as realizações que envolvam a guerra ao corona vírus, tanto através da sua empresa como de iniciativas pessoais. Claro que há muitas outras lideranças se sobressaindo nesse momento de crise. Que todas elas se sintam também homenageadas, pelo que estão fazendo por sua terra e por seu povo.

PERGUNTINHA

Você aceitaria começar também um partido político, desses nanicos que se transformam em balcões de negócios, apenas para colocar a mão na grana milionária tirada do suor dos otários?

sicoob

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