A Polícia Federal (PF), deflagrou na manhã de quarta-feira, 23, a operação “Domain”, visando dar cumprimento a três mandados de prisão preventiva, expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho/RO.
Os mandados estão sendo cumpridos em Porto Velho, Ariquemes e no município de Campo Grande/MS.
Trata-se de ação ostensiva realizada nesta data, no bojo das ações da operação “Verde Brasil 2”, que decorre das investigações desenvolvidas na operação “Deforest 2”, deflagrada em 17 de março de 2020, com o objetivo de desarticular organização criminosa dedicada à exploração ilegal de madeira na região da Ponta do Abunã, distrito de Porto Velho.
Após a deflagração e posterior análise dos materiais apreendidos, identificou-se que o grupo criminoso permaneceu atuando, mesmo com seu suposto líder preso em uma unidade prisional, de onde repassava ordens aos comparsas para a continuidade dos crimes praticados.
Durante a fiscalização realizada pela Sedam, órgão ambiental do Estado de Rondônia, em paralelo à deflagração da operação “Deforest 2”, foram apreendidos cerca de 4.000 m³ de madeira ilegal nas empresas vinculadas ao grupo, totalizando mais de R$ 3,8 milhões em valor médio de mercado.
Diante deste cenário, embora preso, o chefe da ORCRIM detinha total controle da administração das madeireiras e, logicamente, tinha ciência de que as empresas permaneciam comercializando madeira ilegal e burlando o Sistema de Créditos Florestais – SISDOF.
Os presos serão ouvidos na sede da Polícia Federal e responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de organização criminosa, extração ilegal de madeira, falsidade ideológica, inserção de dados falsos e lavagem de capitais.
O termo “Domain”, que significa “domínio” em latim, refere-se ao fato de que o líder da organização criminosa, mesmo preso no sistema penitenciário, permanece exercendo domínio sobre as ações e os integrantes do grupo.