Empresário Ademilson de Gouveia Silva, o popular Nino / Foto: Extra de Rondônia

O empresário e agente funerário Ademilson de Gouveia Silva, o popular Nino, proprietário da Funerária São Matheus, procurou a reportagem do Extra de Rondônia para contestar declaração  do prefeito Eduardo Japonês (PV) que, via rede social, garantiu que não há mais espaço para enterrar corpos no cemitério Cristo Rei, em Vilhena.

Experiente na área da qual milita há 30 anos, Nino cutucou e garante que o prefeito e nem Secretária Municipal de Planejamento (Semplan) sabem administrar o local.

“Se a prefeitura fazer a remoção de sepulturas paradas e construir um ossário, dá para fazer ainda mais 5 mil enterros – e dignos. Esse sistema de ‘gavetário’ implantado pela prefeitura no final do cemitério não é correto, assim como envolve uma questão de salubridade que não foi tratada de forma séria”, pontuou.

Nino mostrou que há espaços disponíveis no cemitério / Foto: Extra de Rondônia

Para ele, há uma sequência de erros de todas as gestões desde que foi criado o cemitério. “Nós da Funerário São Matheus, criamos um cemitério em Chupinguaia com recursos próprios para que a população enterre seus entes queridos nessa cidade, e não em Vilhena, porque se fosse assim, o cemitério Cristo Rei estaria há muito tempo sem espaços para enterrar corpos”, complementou.

Gouveia acredita que o sistema de túmulos em “gaveta’, feito emergencialmente pela prefeitura, pode comprometer o local, já que não existe um projeto estrutural de estabilidade, drenagem e infiltração.

“Os prefeitos de Vilhena, na verdade, nunca procuraram profissionais do ramo funerário para trabalharmos em conjunto quanto a este assunto. E com Japonês não é diferente; ele pensa que sabe e pode resolver tudo; esses túmulos, em forma de ‘gaveta’, daqui há um tempo, vão começar a feder e dar transtornos às famílias que moram nos arredores do cemitério”, alertou.

Nino enfatiza que o local para o novo cemitério, que fica às margens da BR- 364, é um terreno arenoso, beira de manancial. “Eu não sou contra um novo cemitério, mas sim contra esse terreno que não apropriado.  Espera só pra ver quando túmulo e jazigos ser construídos. Eles vão ser engolidos devido à água que vem do manancial e infiltra no solo, provocando um colapso”, finalizou.

Nino criticou sistema de ‘gavetário’ implantado pela prefeitura / Foto: Extra de Rondônia

GERENTE EXPLICA

Ouvido pelo Extra de Rondônia, o gerente do cemitério, Pedro Rocha, concordou com a declaração do prefeito de que não há mais espaço no cemitério, mas admitiu que existe a possibilidade de retiradas de ossos dos túmulos que estão há muitos anos. Neste caso, para ser concretizado, a determinação depende do prefeito.

“A princípio, a ordem que recebemos é realizar túmulos em forma de ‘gaveta’, já que com isso podemos enterrar quase 1.500 corpos”, acrescentou.

sicoob

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