Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustrativa

É ainda muito pouco, mas já é um começo. É o primeiro passo.  Mesmo com todas as forças contrárias, principalmente de ONGs internacionais que mandam e desmandam ainda na Amazônia; de empresas de balsas que não querem ver a obra pronta; de ambientalistas profissionais, que fazem exigências desde  escritórios com ar condicionado à beira mar; de uma área ativista do Ministério Público, com apoio de setores do Judiciário, que não admitem que nossa região tenha esse benefício vital, a BR 319 vai começar a ser asfaltada.

Naquele horroroso trecho do meio, que tem perto de 450 quilômetros e que praticamente impede a ligação por terra entre Amazonas e Rondônia. O ministro da Infra Estrutura, Tarsísio Gomes de Freitas, anunciou o edital de licitação para os primeiros 52 quilômetros do trecho hoje destruído. É pouco? Claro que é. Mas espera-se que seja apenas o início da grandiosa obra que, quando pronta, vai certamente mudar a História da nossa região,  beneficiando pelo menos 3 milhões de pessoas.

Todas as que estão hoje prejudicadas, graças a decisões de longos anos em que, sem dúvida, não estava entre as prioridades o grande benefício que a obra gigantesca significa para o povo da Amazônia. Decisões ideológicas, decisões onguistas, interesses acima do interesse maior, que deveria ser a nossa população, atrasaram em pelo menos duas décadas esse importante elo de ligação da nossa Amazônia.

Só agora, no final do ano passado, foi anunciado oficialmente o projeto de pavimentação do trecho entre os quilômetros 250 e 656. A pavimentação da rodovia que liga os estados do Amazonas e Rondônia é essencial para facilitar a logística do transporte da produção agrícola da Região Norte.

Há certeza de que a obra vai se tornar realidade mesmo e que iniciará ainda neste 2020 da pandemia? Claro que não. As forças contrárias são muito mais poderosas do que pode imaginar nossa vã filosofia. Tentarão de tudo o que puderem para que a BR 319 jamais se torne realidade.

Tratam-nos com esse desprezo com que os olhares superiores olham para baixo, para os pobres mortais. Esquecem-se que em outros países, há estradas excelentes, atravessando florestas e matas e que a própria população ajuda a proteger o meio ambiente, para que todos sejam beneficiados. É o que acontecerá ao longo dos mais de 900 quilômetros da 319, da saída de Porto Velho à entrada de Manaus. Com fiscalização, com duro combate aos invasores de terras públicas; aos que fazem derrubadas; aos que roubam madeira, a grande maioria do povo amazônico vai, certamente, ajudar a cuidar a sua rodovia.

E vai derrotar aqueles que vivem em função dos seus interesses e ideologias, que atrasaram o desenvolvimento da nossa região por mais de 20 anos. Pode demorar, mas o Brasil vai ganhar, no final da história. Eles vão perder, porque já não mandam mais como mandavam em nosso país!

PREFEITURA EXIGE LOCK DOWN DE DUAS SEMANAS

A grande surpresa da quarta-feira foi a decisão do prefeito Hildon Chaves de determinar que a Procuradoria do município ingressasse com ação na Justiça, exigindo um novo lock down na cidade, dessa vez de duas semanas. A intenção é, via liminar, cassar o decreto estadual que aprovou a abertura do comércio. A ação é assinada pelo procurador-geral do município, José Luiz Storer, e será analisada pelo juiz Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa da 2ª Vara da Fazenda Pública.

O principal argumento apresentado ao magistrado são números crescentes de casos de infectados pelo novo Coronavírus e a média de 10 mortes por dia entre os dias 16 e 22 deste mês. As duas semanas de isolamento rígido seriam necessárias, segundo a petição, para “assegurar a devida estruturação do sistema público municipal e estadual de saúde, inclusive, com a chegada de medicamentos que hoje estão em falta na rede pública de saúde”.

Desde o final da semana passada, a posição da Prefeitura da Capital foi contrária à liberação do comércio e abertura do Porto Velho Shopping, por exemplo. Até a noite da quarta, nem o Governo estadual e nem as entidades empresariais tinham se pronunciado sobre a liminar pedida pela Prefeitura.

MAIS LEITOS DE UTI É A PRIORIDADE

Precisamos de mais leitos de UTI. Essa é, agora, a maior necessidade, a mais premente, na guerra contra o corona vírus e na luta para salvar vidas. Nesta quarta, o governo rondoniense deu um passo importante nessa direção, ao entregar 12 leitos de UTI no hospital Regina Pacis, que agora, ao menos provisoriamente, se chama Hospital de Campanha de Rondônia.

Outros 60 leitos comuns já estão prontos, mas ainda não podem ser utilizados porque falta pessoal, a quem a Sesau procura com a maior urgência possível. A compra do Regina Pacis foi um grande negócio, nesse momento e o será mais à frente, quando ele atenderá pacientes do sempre superlotado João Paulo II e de leitos alugados pelo Estado. Economia e bom serviço. Ou seja, os 12 milhões serão recuperados em pouco tempo e, depois disso, por décadas, o hospital continuará atendendo a população.

O Regina Pacis tem ainda muitos outros benefícios, como uma usina de oxigênio, que economizará milhões de reais aos cofres públicos e um estacionamento de mil metros quadrados. Claro que sempre haverá críticas, algumas até infantis, como se ouviu nesta quarta, mas a verdade é que Rondônia fez um grande negócio. Ponto final.

NÚMEROS PIORAM, MAS A LUTA CONTINUA FORTE

Os números continuam assustando. Estamos caminhando para 18 mil contaminados e perto e 500 mortes. Os números da quarta-feira mostram ainda que a Covid 19 se amplia em Rondônia, mas principalmente em Porto Velho. São 17. 424 contaminados; 6.741 recuperados; 455 mortes e  416 internados. Nas últimas 48 horas, foram mais 25 óbitos.  Se você precisar sair de casa, que não saia. Quem precisar sair, que o faça com toda a segurança possível, usando máscara, limpando as mãos com álcool gel; mantendo distância de outras pessoas e fortalecendo o isolamento social.

A curva ascendente da doença é preocupante, porque significa que ainda teremos longos dias de tristeza e muitas lágrimas para chorar nossos mortos. A batalha será longa e difícil, mas não se pode negar que há um grande esforço das autoridades para diminuir todo o sofrimento pelo qual estamos passando. Dias atrás, o governador Marcos Rocha disse que jamais imaginaria, durante seu governo, ter que enfrentar uma situação como essa. Está correndo atrás, mas, mesmo com todas as dificuldades, tem conseguido avanços.

O secretário Fernando Máximo e sua equipe se desdobram para a batalha que se torne cada dia mais dura. Não será fácil, claro, como não o é em nenhuma parte do mundo. Mas, no final, vamos acabar vencendo esse momento de terror que todos estamos vivendo.

 POR ELEIÇÕES DE CINCO EM CINCO ANOS…

Senado e Câmara Federal não se entendem sobre a prorrogação do prazo para as eleições deste ano. Os senadores acataram proposta do relator da proposta, que indica a data de 15 de novembro para o primeiro turno e 29 de novembro para o segundo turno. Várias opiniões divergentes dividem os deputados. Muitos querem atender pedido de prefeitos de suas regiões, que preferem que o 4 de outubro, porque seriam mais conhecidos que os outros e teriam vantagem perante o eleitorado.

Há outro grupo que acha que a eleição deva ser transferida para o início do ano que vem. E um terceiro grupo, que defende a prorrogação dos atuais mandatos. Há três meses o assunto é discutido no Parlamento e até agora não há consenso. O ideal mesmo seria prorrogar os mandatos e fazer uma eleição única em 2022  e, a partir daí, eleição geral de cinco em cinco anos.

E o fim da gastança com disputas eleitorais que custam fortunas sem fim e apenas enchem os bolsos dos políticos. Os otários que pagam os maiores impostos do mundo, poderiam ser poupados de manter toda essa gastança, em nome da democracia. É a democracia caracu. A classe política entra com a cara…

GAFANHOTOS DESTROEM LAVOURAS

Enquanto alguns poucos idiotas usam as redes socais saudando a tragédia como um sinal do final dos tempos (e esses malucos, infelizmente, não são poucos), cientistas tentam encontrar soluções para combater as imensas nuvens de gafanhotos que se formaram em várias regiões do mundo, destruindo lavouras e causando grandes prejuízos econômicos.

Agora, principalmente no sul do Brasil, bilhões de gafanhotos estão chegando da Argentina, onde levaram pânico, principalmente para o produtor rural. A praga vem assolando há meses várias regiões da África, Oriente Médio e Ásia. No Paraguai e Argentina, deixou um rastro em centenas de plantações, destruindo-as quase que totalmente.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu um alerta sobre uma nuvem de gafanhotos que estava deixando a Argentina e avançava na direção de Uruguai e Brasil. Pode haver 40 milhões de gafanhotos em cerca de 1 km². Eles consomem em um dia o equivalente a consumo alimentar de 2 mil vacas ou 350 mil pessoas, Rondônia, ao menos por enquanto, não corre risco de ataque da nuvem de bilhões de insetos.

CAMPANHA DIFAMATÓRIA E A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Uma série de ataques, alguns baseados em Fake News, com apoio de ONGs, da Rede Globo e de grupos ambientalistas, além de partidos de esquerda, fizeram uma grande campanha contra a Medida Provisória da Regularização Fundiária, que esse grupo político minoritário, apoiados pela maior rede de TV do país, chamou de MP da Grilagem.

O fato de que, se aprovada, a medida ajudaria a regularizar pequenas propriedades de milhares e milhares de brasileiros, pelo menos 100 mil pequenos proprietários em Rondônia, não foi levado em conta. O lamento é do deputado federal Lúcio Mosquini, líder da bancada federal no Congresso e  relator da proposta que pretendia, prioritariamente, beneficiar aos pequenos. O que se pretendia, por exemplo, era regularizar 89 por cento dos processos de regularização fundiária em andamento no Incra e outros órgãos, com, no máximo, quatro módulos fiscais.

É esse o percentual de propriedades que seriam beneficiados no nosso Estado. Neste momento, a campanha difamatória contra a regularização fundiária está vencendo, protesta Mosquini. “Nós vamos ficar a ver navios, por causa de grupos de esquerda e minorias, que querem ver a Amazônia lacrada e só transformada em mata”. A essas alturas, os pequenos produtores não sabem mais a quem recorrer, para ter o documento definitivo de suas terras.

PERGUNTINHA

Você concorda ou diverge, achando exagerada, a frase do respeitado jornalista brasileiro Augusto Nunes, que disse que “no Brasil tem muita lei e pouca vergonha na cara?”

sicoob

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