Cabixi, na região do Cone Sul de Rondônia / Foto: Divulgação

A indignação de uma moradora que revelou a falta de mecanismos no enfrentamento ao covid-19 após seu esposo (suspeito de ter contraído o vírus) ter sido, praticamente, “rejeitado” no hospital municipal, repercute no município de Cabixi, na região sul de Rondônia.

O caso foi levado à tona pelo Extra de Rondônia no último sábado, o que gerou discussão e mostrou a fragilidade do setor de setor de saúde pública (leia mais AQUI).

Após a revolta da moradora, o Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Cabixi (CMS), José Antônio da Silva, fez um desabafo nas redes sociais cobrando das autoridades locais, principalmente os vereadores, uma maior participação nas reuniões mensais que debatem as estratégias de trabalho no combate à pandemia.

Ouvido pelo Extra de Rondônia, ele informou que o local onde funcionava uma academia, localizada em frente ao hospital, foi reformada e ampliada com a finalidade de atender pacientes com covid-19.

“O Conselho recebeu comunicado do coordenador de Atenção Básica, Lidier, que o local já está pronto para seu uso, com salas adequadas pra fazer atendimento aos pacientes de Covid que necessitarem de internação. Agora, eu pergunto: cadê a equipe de plantão e de sobreaviso? Toda aquela instalação da academia justamente foi mobilizada para essa finalidade e aí surgiu agora um caso e esse descaso aparece aí de não atender ou atender separadamente”, cobrou.

Sobre os vereadores, José Antônio afirmou que há pouco interesse e participação nas reuniões do CMS que acontece uma vez por mês na primeira quarta-feira, conforme calendário divulgado às autoridades via site da prefeitura e canal de WhatsApp dos conselheiros.

“São reuniões abertas à população. Durante este mandato, dos 9 vereadores apenas 2 se fizeram mais presentes: Imar e Donizete. Já nas 14 reuniões de 2019 só teve uma vez que participaram 3 vereadores. Em 2020, já realizamos 6 reuniões com a participação somente do vereador Imar. Desta forma, observo que muitos vereadores não demostram interesse em discutir e planejar as ações de saúde no nosso município juntamente com o Conselho de Saúde. Teve vereadores que participaram das barreiras sanitárias, como voluntários para o trabalho, mas as discussões e planejamento nos Conselhos e audiência pública deixaram muito a desejar”, desabafou.

RECURSOS RECEBIDOS

Quanto ao questionamento da falta de aplicabilidade de investimentos recebidos dos governos estadual e federal no combate ao covid-19, José Antônio disse que Cabixi recebe os recursos dentro da normalidade.

“O Farmacêutico Felipe mostrou a chegada de remédios para o covid-19 e fez uma exposição junto ao CMS. Há, ainda, a promessas do senador Marcos Rogerio de mandar R$ 300 mil para ajudar o município no combate da pandemia”, encerrou.

sicoob

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