A produção total dos Cafés do Brasil prevista para esta safra em curso de 2020, incluindo as espécies de café arábica e conilon, está estimada para atingir um volume físico equivalente a aproximadamente 60 milhões de sacas de 60kg, tendo como base um quantitativo mínimo calculado de 57,15 milhões e máximo de 62,01 milhões.
Caso se confirme essa safra com volume físico médio de 60 milhões de sacas neste ano, a produção de café arábica deverá atingir 45 milhões de sacas e a de café conilon 15 milhões de sacas.
Assim, tendo como referência os números oficiais disponíveis no mês de julho do ano em curso, constata-se que a área total em produção dos Cafés do Brasil, considerando as duas espécies de cafés (arábica e conilon), é de 1,88 milhão de hectares, com produtividade média nacional de 31,6 sacas por hectare. Se for estabelecido um ranking dos seis estados maiores produtores de café, verifica-se que Minas Gerais, maior produtor, ocupa uma área 1,03 milhão de hectares, o que corresponde a aproximadamente 54% da área em produção.
Na sequência desse ranking de produtores de café, o segundo maior estado produtor, Espírito Santo, ocupa 400,28 mil hectares com lavouras em produção, o que equivale a 21% da área em produção de café no nosso País.
Em terceiro colocado figura o estado de São Paulo, com 206,40 mil hectares (11%); Bahia, em quarto lugar, com 107,88 mil hectares (5,7%); Rondônia, com 64,87 mil hectares (3,4%); e, em sexto colocado, o Paraná, com 36,12 mil hectares (2%). Os demais estados produtores de café completam a área total em produção no país, tendo em vista que a cafeicultura está presente nas cinco regiões geográficas.
Antes de prosseguir com esta avaliação do desempenho da cafeicultura brasileira, convém esclarecer que os números que estão permitindo esta análise por parte da Embrapa Café, ora em destaque, entre muitas outras análises de interesse do agronegócio café que também podem ser feitas, constam do SUMÁRIO EXECUTIVO DO CAFÉ – JULHO 2020, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, o qual é publicado mensalmente e está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Assim, com base nestes dados da performance dos Cafés do Brasil, em relação exclusivamente aos cafés da espécie arábica, a respectiva área em produção aumentou 4,5% e ocupa neste ano 1,51 milhão de hectares.
O volume de produção dessa área está estimado num intervalo mínimo de 43,20 milhões de sacas e máximo de 45,97 milhões de sacas, o que permite calcular que a safra média será de 44,58 milhões de sacas e produtividade média de 29,5 sacas por hectare. Tais números, se comparados com a safra anterior, representam um incremento de 30% na produção e de 24,4% na produtividade do café arábica, em decorrência principalmente da bienalidade dessa espécie de café, que alterna produção menor em um ano com safra maior no outro ano seguinte.
Com base ainda nos dados do SUMÁRIO EXECUTIVO CAFÉ, quanto aos cafés da espécie conilon, se for feita esta mesma análise abordando área em produção e produtividade da safra 2020, em comparação com 2019, contata-se que a área em produção está estimada em 371,15 mil hectares e a safra a ser colhida num intervalo inferior de 13,95 milhões de sacas e máximo de 16,04 milhões de sacas com produtividade de 40,4 sacas por hectare, números que praticamente não representam variação em relação à safra de 2019 (15,01 milhões de sacas) e, óbvio, em relação à produtividade, haja vista que essa área teve um ligeiro acréscimo de apenas 2,2%.