O ex-prefeito de Cabixi, Izael Dias Moreira, entrou com ação na Justiça para tentar anular a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) formada na Câmara de Vereadores que investiga suposto desvio de recursos públicos no período de 2013 a 2016.
Na ação protocolada na última segunda-feira, 3, e obtida pelo Extra de Rondônia, Izael alega irregularidades formais e desrespeito à Lei Orgânica do Município e Regimento Interno do Legislativo na criação da Comissão que deveria ser por sorteio e não por votação entre os parlamentares (leia mais AQUI e AQUI).
Ele também explica que é vítima de “motivação política” e “cartas marcadas” por pretender concorrer á prefeitura no pleito eleitoral deste ano.
“A melhor hipótese a justificar a constituição irregular da comissão pela resolução n.º 081, por votação e não por sorteio é a motivação política e com cartas marcadas, uma vez que o grupo político da Administração atual possui maioria absoluta dos vereadores o que lhes trouxe a certeza de que na forma de votação como foi feita poderiam definir ao seu bel prazer os componentes da respectiva Comissão, certeza essa que seria ameaçada com o regular sorteio dos membros”, justifica.
Izael vai mais a fundo e explica a familiaridade do vereador Michael Barroso, presidente da CPI, com os atuais gestores municipais.
“Vemos na resolução que o Presidente da Comissão é o Vereador Michael Assumpção Barroso, que por sua vez é filho da atual vice-prefeita Rosely Assumpção Barroso e do ex-prefeito José Rozario Barroso, sendo a genitora provável candidata a reeleição na chapa do prefeito Silvênio de Almeida. Em razão de que o Requerente é ex-prefeito de Cabixi no período de 2011/2016, e pretende concorrer ao pleito 2020, então, buscam prejudicá-lo a todo custo, cujo principal objetivo é macular em pleno período eleitoral a honra ilibada do requerente, que é visto pelo grupo da atual Administração Municipal, como principal ‘ameaça eleitoral’ no pleito que ora se aproxima”, completa.
Ainda, na ação, o ex-prefeito argumenta que a CPI continuou normalmente, embora a própria Casa de Leis tenha determinado a suspensão de prazos de todos os processos administrativos.