A prefeitura de Vilhena pagou o acerto trabalhista do ex-secretário municipal de Planejamento, Ricardo Zancan, que deixou a pasta no início de julho para retornar a seu Estado natal, São Paulo.
No mesmo mês, ele recebeu exatos R$ 18.433,07 de rescisão, conforme informa o site do Portal da Transparência.
Esta e outras rescisões de servidores considerados de confiança da gestão do prefeito Eduardo Japonês (PV) chamou a atenção do vereador Carlos Suchi (Podemos) que, na sessão ordinária desta terça-feira, 11, apresentou requerimento neste sentido.
Através do requerimento nº 018/2020, aprovado por unanimidade na Casa de Leis, o vereador requereu ao Executivo que encaminhe uma relação contendo todos os decretos de nomeação e exoneração realizados pelo Poder Executivo assinados entre 15 de março de 2020 até a presente data.
A referida relação de decretos deve ser enviada em forma de tabela na qual deverá constar o número de decreto, a data da exoneração/nomeação, o nome completo do exonerado/nomeado e um campo discriminando o cargo.
Ao Extra de Rondônia, Suchi explicou que a finalidade do requerimento é saber o número real de servidores comissionados nos últimos meses e identificar supostos casos de desvio de função na prefeitura.
Ele vê uma certa “prioridade” nas rescisões, já que os servidores exonerados da atual gestão receberam, mas há servidores que estão há mais de cinco anos na fila de espera e ainda aguardam seus acertos.
“Tem pessoas que trabalharam na prefeitura, foram exoneradas em 2015 e querem receber o que é direito deles. Não é possível que a prefeitura faça uma seleção de quem quer pagar. Todos precisam e merecem receber as verbas rescisórias. Por outro lado, muitos servidores não receberam baixa na carteira de trabalho, o que prejudicou que eles recebessem o auxílio emergencial”, disse.
Devido a que não há uma programação na prefeitura para o acerto de ex-servidores, muitos deles optaram por levar o caso à Justiça.