Assistido pela Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) desde meados de 2010, o piscicultor Ronilson de Menezes Morais de Cacaulândia, conquistou sua independência econômica com a comercialização de alevinos de pirarucu.
Mais de 90% de sua produção é comercializada para fora do Estado, garantindo a presença do peixe de Rondônia nas mesas das mais diversas cidades brasileiras.
Em visita pelo interior do Estado, o presidente da Emater Luciano Brandão, acompanhado do gerente regional do Território do Vale do Jamari Matheus Folador, visitou a propriedade e pôde comprovar os resultados do trabalho realizado pela equipe de extensionistas locais com o produtor.
Não é de hoje que o bacalhau brasileiro, nome que deu fama a um dos maiores peixes da bacia amazônica, faz sucesso entre os mais diversos apreciadores de peixes e chefes de cozinha. Assim como o verdadeiro bacalhau, a carne do pirarucu de Rondônia também costuma ser vendida salgada, na forma de manta.
Em Rondônia sua produção ganha incentivo do governo estadual, por meio das ações da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Emater, que além de elaborar os projetos para implantação e ampliação de tanques, oferece assistência técnica para melhoria na qualidade da produção.
Em Cacaulândia, o produtor rural Ronilson de Morais, proprietário da chácara Três Lagoas, localizada no quilômetro um da Linha C-15, iniciou sua atividade em 2010, com apenas dois tanques construídos pelo programa de mecanização agrícola do governo estadual, conseguindo, por meio de parceria firmada com frigorífico para engorda de peixes de pirarucu, três casais matrizes.
Com a desova dos casais o produtor se interessou pelo manejo dos peixinhos, fazendo seus próprios alevinos para engorda. “Foi um aprendizado e tanto, deu trabalho, mas hoje ele se tornou um especialista na atividade”, diz Henrique Marchi, gerente da Emater em Cacaulândia.
O produtor vem recebendo assessoramento constante dos extensionistas da Emater. Com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e da Agência de Desenvolvimento Agrosilvopastoril (Idaron), a produção de alevinos de peixes pirarucu de Ronilson foi legalizada e ele pode comercializar para outros Estados.
Em 2019/2020 o produtor conseguiu vender cerca de 80 mil alevinos para Rondônia, Amazonas, Pará, Espírito Santo e Bahia, sendo que 90% de sua produção tem destino fora do Estado. O produtor explica ainda que, por ano/ciclo, comercializou oito toneladas de peixes tambaqui e nove toneladas de peixes pirarucu com peso médio de 12 quilos.
Hoje sua renda está ancorada na comercialização dos alevinos de pirarucu que produz em sua chácara de 16,97 hectares, dos quais, 2,38 hectares são destinados à piscicultura. Além dos alevinos o produtor desenvolve outras atividades como bovinocultura de corte e suinocultura, ambas dentro das especificações da agricultura familiar, mas a comercialização de alevinos de pirarucu tem ganhado cada vez mais destaque dentro e fora de Rondônia. Para Luciano Brandão verificar in loco os resultados das ações da Emater é muito gratificante, pois mostra que “estamos indo pelo caminho certo”.