Com apenas um ano e sete meses de implantação, a chácara Vista Bela, de propriedade do agricultor familiar Ailson Basílio Guerra, no município de Itapuã do Oeste, tornou-se referência no cultivo de cacau clonal.
Seguindo as orientações da equipe do escritório local da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), o produtor ficou encantado com a cultura e hoje dedica pouco mais de um terço da sua propriedade ao cultivo da lavoura cacaueira.
Em visita técnica realizada no município, o diretor presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, acompanhado dos gerentes regional do território Madeira Mamoré, Hilton Uchoa, e local da Emater-RO em Itapuã do Oeste, Diomazino Souza Lima, esteve na propriedade e conheceu de perto o trabalho que vem sendo feito pelos extensionistas da autarquia com o produtor. É um trabalho que a Emater-RO vem fazendo, em parceria com a Seagri, no intuito de resgatar a lavoura cacaueira ao mesmo tempo em que oferece mais uma alternativa capaz de gerar emprego e renda para a família rural.
A chácara Vista Bela conta com uma área de 12,3 hectares de terra, dos quais 3,4 hectares estão destinados ao plantio de cacau clonal. “São 3.200 pés de cacau de 11 cultivares plantados de forma rotacionada com outras culturas”, conta Guerra, que intercala as plantas com 3.000 pés de banana para sombreamento da planta em fase de desenvolvimento.
Para sua subsistência o agricultor ainda produz mandioca, “como meio de intercalar a produção” e cultiva, na área restante da propriedade, outras plantas como: 200 pés de graviola, meio hectare de cupuaçu plantado e 50 pés de castanha.
INCENTIVO À CACAUICULTURA
O apoio do Governo do Estado, por meio da parceria entre a Emater-RO, Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vem sendo de grande importância para o fortalecimento da lavoura cacaueira no estado. Já tendo despontado com o um dos maiores produtores brasileiros de cacau, Rondônia vem retomando seu espaço com o incentivo para produção de mudas clonais.
A implantação do projeto de revitalização da lavoura cacaueira deu um novo fôlego aos agricultores e ao estado que conta hoje, segundo dados da Seagri, com 12 mil hectares de cacau plantados com plantas convencionais. Essas plantas estão sendo substituídas por clones, proporcionando um maior rendimento à produção, além de produzirem frutos de melhor qualidade.
A expectativa é que, a exemplo do café, que após revitalizado ganhou projeção nacional e internacional, o cacau se torne uma excelente fonte de renda para a família rural e contribua para o fortalecimento da economia no estado, tornando-se também um produto competitivo no mercado externo.