Em entrevista exclusiva ao Extra de Rondônia via WhatsApp nesta sexta-feira, 28, o senador da República Marcos Rogério (Democratas) comentou a polêmica vivida em Rondônia a respeito de uma espécie de “luta política” pela construção de uma ponte binacional unindo o Brasil ao país vizinho de Bolívia.
Nesta quarta-feira, 26, o presidente da Câmara de Guajará-Mirim, Sérgio Bouez, fez um apelo às autoridades políticas estaduais, federais e à própria população para “comprar briga” pela construção da tão sonhada e prometida ponte que estaria sendo requisitada por “um grupo” de empresários para que seja construída em Costa Marques (leia mais AQUI).
Ele lembrou que ponte é obrigação do governo brasileiro com a Bolívia pelos critérios de contratos e protocolos mantidos quase que há um século entre os dois países desde o Tratado de Petrópolis.
Ao comentar o caso, Marcos Rogério evitou polemizar, disse não ter direito de fazer a escolha do local onde deve ser construída a obra e garantiu ser defensor à construção de três pontes na fronteira: uma em Guajará-Mirim, outra em Costa Marques e mais uma em Cabixi.
“Vi a defesa do presidente da Câmara, é um vereador dedicado, amigo. A defesa dele é correta. Tem que brigar pelos interesses de Guajará-Mirim, como nós também lutamos. Essa ponte é uma dívida do governo brasileiros desde o Tratado de Petrópolis. O governo brasileiro é devedor dessa ponte binacional Brasil/Bolívia. Eu, na verdade, não tenho direito de fazer a escolha entre Guajará-Mirim ou Costa Marques. Na verdade, nós queremos três pontes: uma em Guajará-Mirim, outra em Costa Marques e mais uma em Cabixi. Acho que no futuro teremos que ter essas três pontes conectando o país vizinho, tendo saída do Brasil para o Pacífico e a Bolívia para o Atlântico. É um corredor comercial importante para os dois países”, ressaltou.
Por outro lado, o senador deixou claro que não existe projeto neste sentido.
“Só que hoje não há projeto aprovado, avançado, que trate disso, infelizmente. Há um estudo, um pré-projeto em relação a Guajará-Mirim. Nos outros municípios não há. Há algum tempo venho solicitando ao governo os estudos técnicos, ambientais desses empreendimentos e, nesse primeiro momento, o grande desafio é identificar qual dessas obras é mais viável, que encurta caminho. As três são importantes. Mas nós não temos um projeto encaminhado ainda nesse sentido. Ainda não há nada concreto. Mas só defensor das três pontes”, encerrou.