Conhecida entre amigos e clientes como rainha das canecas Scheila Cristina Vidal, 37 anos, acreditou em um negócio de canecas e itens personalizados com caricaturas para começar a empreender. E completando um ano como franqueada da Caricanecas no sábado 29, ela afirma ter sido assertiva ao escolher um dos ramos mais seguros do mercado frente a instabilidade em tempos de pandemia.
A franquia que Scheila escolheu para investir é do tipo home based, ou seja, com sede na residência do próprio empreendedor. Além disso, a maioria das etapas do processo de compra de uma Caricaneca acontece de forma online, por meio dos aplicativos Instagram e WhatsApp.
“Eu acredito que neste momento difícil eu tive uma decisão muito assertiva em ter um negócio que é quase totalmente online. Nós apresentamos o produto, atendemos o cliente, vendemos e finalizamos a arte, desejada e aprovada, pela internet. Só temos contato com o consumidor no final, na hora da entrega. É um processo totalmente seguro”, afirma Scheila.
A empreendedora ainda esclarece que ao contrário de muitos negócios tradicionais com atendimento presencial, que tem demonstrado queda nas vendas, sua franquia está evoluindo acima do esperado.
“Houve um crescimento ascendente desde o começo da pandemia e por isso tive a necessidade de contratar outras colaboradoras para ajudar na demanda dos pedidos. Em algumas situações tivemos que trabalhar sábados e domingos para entregar os pedidos, principalmente durante datas comemorativas quando a demanda é muito maior.”
VENDAS ONLINE
Dados do estudo “E-commerce na Pandemia”, realizado pela plataforma Nuvemshop, evidenciam que o comércio eletrônico cresceu entre consumidores e lojistas e encerrou o semestre com alta de 145% nas vendas, se comparado com o mesmo período de 2019.
Os números também mostram que as vendas online cresceram acima da média nacional, de 137%, em 17 estados, 13 deles nas regiões Norte e Nordeste. O Acre lidera a lista com um aumento de 951% e Rondônia aparece em terceiro lugar com crescimento de 409%.
Enquanto isso, o varejo perdeu no segundo trimestre de 2020, 135,2 mil estabelecimentos, mais de 10% do total. A perda, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), é superior à de todo o ano de 2016, quando 105,3 mil lojas encerraram suas atividades.
E a projeção do CNC não é animadora para os empreendimentos tradicionais que devem fechar 2020 com 88,7 mil lojas a menos na comparação com 2019. As perdas no faturamento do varejo nacional em 2020 são estimadas em torno de R$ 115 bilhões. “Apesar do setor ter demonstrado uma pequena reação, a tendência é a migração gradual para o e-commerce”, prevê a Confederação.
Para Scheila, o que começou como uma forma de renda extra tem superado as expectativas. “A projeção é de crescimento constante nas vendas até o fim do ano e por isso estou buscando novos fornecedores e produtos para ter uma diversificação para os clientes”.