Entre os vários assuntos discutidos na sessão ordinária realizada na manhã desta terça-feira, 1, na Câmara de Vilhena, a declaração do vereador Carlos Suchi (Podemos) foi um dos que chamou mais a atenção em função de um caso que até o momento pouca gente sabia: a suposta humilhação do prefeito contra uma professora municipal dentro do gabinete do paço municipal.
O caso trouxe comentários de vereadores e a discussão não se estendeu em virtude de outros assuntos na pauta do Legislativo.
Carlos Suchi comentou o caso ao defender indicação que fez ao Executivo para a aquisição de notebook destinado aos professores municipais que nesta época de pandemia utilizam seus equipamentos próprios – na maioria celulares – para conseguir transmitir seus conhecimentos aos alunos.
Ao invés de valorizar, segundo o parlamentar, o prefeito faz é humilhar esta categoria profissional. Ele contou que Eduardo Japonês humilhou uma professora dentro do gabinete da prefeitura, dizendo a ela que: “a senhora é a vergonha da Educação em Vilhena”.
“Nós temos uma Câmara que dá apoio aos projetos, mas nós temos um Executivo que falha muito com a comunidade. Cito uma indicação que fiz para que o Executivo, aprovada em outros Estados, que é a aquisição de um notebook para que os professores evitem de usar celular, tendo uma qualidade melhor. Pensei que o prefeito iria agarrar essa ideia nesse período que está em difícil para os professores, mas aí teve a recusa. E, para minha surpresa, o prefeito chamou uma professora, no gabinete, e disse: ‘a senhora é vergonha da Educação em Vilhena’. Então, vocês imaginem ouvir isso da autoridade maior do município. Colocou ela na escória, mesmo. Essa pessoa a quem o prefeito se refere é excepcional, dedicada na Educação. É motivo de tristeza ouvir isso de uma pessoa despreparada. Um líder que fala isso para seus funcionários, sem ao mesmo averiguar”, disse Suchi.
Em aparte, a vereadora Valdete Savaris também lamentou o fato do qual explicou ter conhecimento e defendeu o requerimento nº 020/2020, de sua autoria, solicitando à prefeitura informações, comprovadas por documentos, referente ao montante de recursos extra, do Fundeb, destinado a Vilhena para o enfrentamento da pandemia.
Por outro lado, questionou as atitudes do atual secretário municipal de educação, Edson Willian Braga, que, para ela, “é um professor que não briga pela categoria”.
“Eu sei dessa situação, que aconteceu uma viagem com os adolescentes. Foi uma situação constrangedora para a professora, a escola e pais de alunos. E por esse motivo, de não ter recursos na Educação, sendo que o Fundeb não diminuiu. Com esse recurso, poderia, com certeza, comprar os notebooks, que vai de encontro com as necessidades da comunidade escolar. Estou solicitando isto em requerimento junto ao secretário municipal de educação, que é um professor, mas não valoriza sua categoria. É vergonhosa a situação pela qual nossos professores e todos os profissionais da Educação vem sendo tratados”, ressaltou.
O vereador Samir Ali também lamentou ao dizer que “essa gestão tem contribuído pouco com os servidores”.
“Inúmeros municípios de Rondônia conseguiram pagar um crédito para os servidores da saúde, com Cacoal, que paga R$ 500,00, e Ji-Paraná, que paga R$ 600,00. Lamentavelmente, a administração municipal de Vilhena ainda não se manifestou. Todos os profissionais de saúde merecem, assim como os profissionais da Educação. Assim parabenizo pelo trabalho de todos esses profissionais”, encerrou.