Mais um caso de assassinato foi esclarecido pelo delgado Núbio Lopes de Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena. Trata-se de um crime ocorrido no dia 23 de fevereiro de 2020, na linha 125, lote 47 – área rural de Vilhena.
De acordo com Núbio a vítima identificada por Luiz Carlos Ribeiros dos Santos, mais conhecido por “Garnizé”, foi morta com um tiro no peito disparado a curta distância quando se preparava para dormir.
INQUÉRITO
Um inquérito foi instaurado para apurar quem teria matado o sitiante e o motivo do crime. Durante as investigações e oitivas de testemunhas, foi descoberto que Dirceu Alves da Silva, foi morar no sítio Sete Irmãos, próximo ao sitio da vítima.
Com o passar do tempo, Dirceu passou a frequentar a casa de Garnizé e devida a proximidade das casas, Dirceu e Garnizé viraram parceiros de “pinga”. Contudo, na tarde que antecederam os fatos, Garnizé foi a casa de Enoque, patrão de Dirceu e lá consumiram bebidas alcoólicas na companhia de outras pessoas.
Todavia, na noite Enoque resolveu ir embora e deu carona para Luiz que estava embriagado, e Dirceu permaneceu no sitio. Entretanto, por volta das 05h50 do dia seguinte um vizinho do sitio de Garnizé foi acordado por Dirceu, no qual disse que Garnizé estava morto.
O vizinho ligou para os parentes de Garnizé comunicando o fato e pedindo que chamassem a polícia, os parentes da vítima chegaram no sitio e não haviam comunicado a polícia, só depois de comprovar que Garnizé tinha sido assassinado a polícia foi comunicada.
OCORRÊNCIA
Durante o registro da ocorrência no local do crime a Polícia Militar encontrou munições na casa de Dirceu, no qual recebeu voz de prisão por porte ilegal de munições.
Contudo, no desenrolar das investigações, a Polícia Civil em incursão no sitio onde morava Dirceu, encontrou numa mata aproximadamente 800 metros da casa, duas espingardas, uma delas compatível com as munições encontradas pela PM na casa de Dirceu.
Com isso, Dirceu que estava preso, até então pela posse das munições, foi confrontado pelo delegado sobre as armas encontradas, no começo negou que seria dele, mas depois acabou confessando que havia matado o “amigo” de cachaça.
DEPOIMENTO
Dirceu disse em depoimento que na noite que antecedeu o crime teria sido ameaçado por Garnizé, e por medo, pegou a espingarda e foi pela mata até a casa dele, ao chegar viu Garnizé sentado na beira do colchão e colocou a mão debaixo, pensando que Garnizé iria pegar uma arma, naquele momento Dirceu disparou contra o peito da vítima, que agonizou e morreu. Na casa de Garnizé, a polícia não encontrou nada de ilícito.
Diante dos fatos, Dirceu foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e aguarda julgamento preso.