A prisão da prefeita Glaucione Rodrigues (MDB), na sexta-feira passada, gerou uma reviravolta na política local em Cacoal, ao ponto de ainda não ter alguém que possa assumir o comando do município.
Ocorre que a prisão temporária de Glaucione, acusada de receber propina de um empresário, é por 120 dias (leia mais AQUI e AQUI).
O município não tem vice-prefeito, já que o atual, Cirone Deiró, é deputado estadual.
Por outro lado e conforme determina a Lei Orgânica do Município, que assumiria o posto no executivo municipal é o presidente da Câmara, Valdomiro Corá, o Corazinho, mas ele é candidato a reeleição, assim como quase todos os vereadores que fazem parte da atual legislatura.
Devido ao caso ser inédito no município, ainda não há uma definição jurídica com relação à linha sucessória à prefeitura.
Contudo, o vereador Mario Angelino Moreira, conhecido como “Jabá Moreira”, é o único no parlamento local que é candidato a prefeito, o que não impede que ele seja empossado como novo prefeito.
Em live na manhã desta quinta-feira, 1, Jabá se colocou à disposição das autoridades e da população para assumir a prefeitura até o final do ano.
“Se houver necessidade, estou pronto. Não corro da raia. A Lei Orgânica do Município de Cacoal estabelece que quando o prefeito falta, assume o vice, depois o presidente da Câmara. A nossa lei não cita o Juiz da comarca, mas ele pode. Eu só candidato a prefeito e me coloco à disposição para assumir essa responsabilidade, já que ninguém sabia que Cacoal iria passar por essa situação. Não posso deixar uma cidade inteira, isolada, e sem comando. Tenho certeza que darei conta se isso acontecer. Minha preocupação maior é Cacoal”, enfatizou.
Ele finalizou dizendo que seu maior compromisso como candidato a prefeito, é que seu vice tem que concluir o mandato e não utilizar uma eleição como “escada” para tentar outros cargos.
