A Câmara de Cacoal votou e – por 10 votos favoráveis – aprovou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a prefeita Glaucione Rodrigues (MDB) na última segunda-feira, 5, em sessão realizada no parlamento local.
A denúncia, formulada pelo vereador Claudinei Carlos Ribeiro, o popular Castelo, pede o afastamento liminar da prefeita do cargo por 90 dias, e a cassação do mandato, pela suposta prática do ilícito deflagrada na operação “Reciclagem”, da Polícia Federal em 25 de setembro passado (leia mais AQUI).
A comissão, feita por sorteio, é formada pelos vereadores Claudemar Lottig “Mão” (presidente), Euzébio Scherer Brizon (Relator) e Rogério Soares Chagas (Membro).
Ao formalizar o pedido de CPI, o denunciante ressaltou que o cargo de prefeito impõe comportamento administrativo digno e repele procedimento indecoroso, manobras, esquemas, conchavos, etc, que estigmatizam negativamente o Poder Público.
“Ao prefeito, impende gerir os interesses e os bens públicos locais, materializando o programa posto na Constituição Federal e densificando os compromissos nele embutidos. Tem não só o dever da boa administração, mas, também, o dever de agir honestamente conforme a sociedade espera de seu gestor. Esta atitude da chefe do executivo municipal, viola flagrantemente os princípios da moralidade administrativa, onde o homem público tem que ser probo e zelar pelo direito e pelos princípios da administração pública. É inadmissível que uma autoridade desta revelância, pratique atos desta natureza, quiçá contra empresas lícitas que prestam serviço nesta municipalidade”, diz um trecho da denúncia.
Ele usou a frase dita pelo desembargador Roosevelt Queiroz Costa, que assinou o mandado de prisão preventiva envolvendo a prefeita de Cacoal. “As imagens são revoltantes e certamente causam e causarão abalo na sociedade ordeira e que trabalha duramente para pagar tributos e manter seu sustento”.
PRESIDENTE DA CPI EXPLICA
Entrevistado pelo Extra de Rondônia, o vereador “Mão” informou que, inicialmente, Glaucione – que está presa no Comando da Polícia Militar em Porto Velho – será notificada da denúncia e terá prazo para se defender.
“Estamos com o processo já pronto. O primeiro passo da comissão é notificar a prefeita para ela ter ciência da CPI. De acordo com o Regimento Interno da Câmara, ela tem 10 dias para fazer sua defesa e, daí, a comissão emite um parecer, que será levado à votação no plenário do Legislativo. Nossa Comissão tem 90 dias para finalizar a CPI. Se não houver atrasos, acredito que a CPI finaliza antes de concluir o mandato”, salientou.