Não podia haver outro assunto, senão a reação das forças de segurança contra os criminosos suspeitos de envolvimento direto nas mortes dos PMs, na semana passada.
Dos 17 mandados judiciais, a operação rendeu, numa ação coordenada pela polícia civil, mas com o apoio direto da PM e outras forças, pelo menos sete prisões.
Entre os detidos, que já começaram a ser ouvidos pela delegada Leisaloma de Carvalho, que comanda toda a operação, há ao menos dois homens que teriam participado diretamente da brutal, covarde e assassina ação, que tirou a vida de dois policiais e feriram outras pessoas.
Foram presas outros suspeitos, porque portavam vários tipos de armas, sem qualquer autorização legal. Um contingente de até 150 policiais, a maioria da PM, formando um grupo fortemente armado, está no local desde a sexta-feira. A ordem vinda de cima (ou seja, do governador Marcos Rocha e do secretário de Segurança, Coronel Pachá) é não considerar a missão cumprida, até que os bandidos responsáveis pelas mortes estejam presos e a disposição da Justiça.
A reação veio cinco dias depois dos eventos, sob a alegação de que esse tempo foi necessário não só para que as investigações da Polícia Civil pudessem ser feitas, em sigilo, como também para que a enorme operação pudesse ser preparada e executada. Todo o pacote de operações das autoridades, está sendo realizado dentro da fazenda de Mutum Paraná, onde os crimes foram cometidos.
A fazenda, local de toda a tragédia, aliás, teve reintegração de posse determinada pela Justiça, também nesse final de semana. Ali, a violenta Liga dos Camponeses Pobres (LCP) exigia tomar posse da propriedade, o que o Judiciário considerou como ilegal, determinando a imediata saída dos que se apresentam como sem terra, mas que, na verdade, são acusados de formar um grupo que tem um braço armado.
Aliás, é esse lado perigoso da LCP, que está sob suspeita (ainda não confirmada oficialmente), de abrigar alguns dos envolvidos direta ou indiretamente nos ataques aos policiais. A Polícia Civil, que coordena o inquérito, já teria os nomes e fotos de todos os suspeitos de envolvimento nos crimes. Seriam bandidos já conhecidos, que teriam ligação com grupos de sem terra, embora essa ligação ainda não esteja clara. Há muito sigilo no entorno da operação, mas as investigações não param.
A polícia já teria, inclusive, gravações de diálogos que teriam sido registrados entre suspeitos, dias após os crimes. Uma relação completa de membros que comandam a LCP e “soldados”, treinados em guerrilha e fortemente armados, também faria parte do arsenal de informações da polícia. Essa e outras informações não foram confirmadas, pois as investigações continuam sob sigilo. Nos próximos dias, é possível que ocorra a divulgação de todos os detalhes sobre as mortes dos policiais e que sejam, finalmente, revelados seus matadores. Deles e seus aliados, se os houver!
HORÁRIO ELEITOTAL GRATUITO: O MESMO DO MESMO
A propaganda eleitoral gratuita, que começou na sexta-feira, infelizmente, é o mesmo do mesmo. Pouca criatividade, algumas promessas repetidas, eventualmente uma ou outra boa ideia, mas, no geral, é o que se ouviu, viu e leu nas últimas disputas. A maioria dos candidatos à Prefeitura, com menos de 1 minuto (há os que têm apenas 14 segundos), não consegue sequer balbuciar uma proposta completa.
O atual prefeito, Hildon Chaves, com tempo bastante razoável, é quem está sendo mais beneficiado. Pode mostrar o que fez e dizer o que quer fazer, caso reeleito. Tantos candidatos com tempo tão exíguo, é realmente um sistema de pura democracia? Infelizmente, ainda não aprendemos que partido político não é balcão de negócios e que uma dezena e meia de postulantes à uma Prefeitura, deixa o debate muito mais pobre e desigual.
Quando chegarmos à conclusão que é melhor termos poucos partidos, mas todos eles ideológicos e fortes; quando tivermos eleições gerais de cinco em cinco anos, sem reeleição, certamente teremos evoluído. Até lá, o que há é essa lei complexa e que nos obriga a viver em função de disputas eleitorais a cada dois anos. Não há o que possa fazer, a não ser lamentar.
NOS ROUBARAM 27 MILHÕES E LEVARAM PARA A VENEZUELA
Mais uma operação da Polícia Federal, agora na fronteira de Roraima com a Venezuela, deixa claro o que o contrabando internacional faz com as riquezas brasileiras. Agora, o ouro tirado de jazidas do nosso lado, é levado por grupos de criminosos para a Venezuela, onde se descobriu que já perdemos mais de 10 milhões de reais para fora do Brasil, apenas entre fevereiro e março.
Afora essa grana toda, oriunda dos garimpos ilegais, nos roubaram mais 50 quilos de ouro, que, hoje, vale um total de 17 milhões de reais. Ou seja, em apenas dois meses, lá se foram, levados por contrabandistas, nada menos do que 27 milhões de reais de nossas riquezas. Muitos desses criminosos internacionais são os que vociferam contra o desenvolvimento da Amazônia e não aceitam o controle sobre a exploração de nossas riquezas.
Querem que tudo continue como está, para que continuem enriquecendo e enriquecendo seus parceiros, e nos deixem cada vez mais pobres e apenas com os danos que eles mesmo causam ao nosso meio ambiente e à nossa floresta.
VEREADORA ASSUME PREFEITURA DE CACOAL
Sai uma mulher, entra outra! Candidatíssima à reeleição, a vereadora Maria Simões, vice presidente da Câmara de Vereadores de Cacoal, abriu mão de um novo mandato, para assumir a Prefeitura de sua cidade por menos de três meses. Cacoal estava sem comando na administração municipal há duas semanas, desde que a prefeita Glaucione Rodrigues foi presa, flagrada em recebimento de propina.
Outros três prefeitos e o marido de Glaucione, o ex deputado Daniel Neri, também ainda estão na cadeia. O presidente da Câmara, Carazinho, não aceitou assumir o posto. Ele avisou que prioriza sua reeleição como vereador. Maria Simões, do Solidariedade, um dos nomes que se tinham como quase certo para uma reeleição, abriu mão dela para não deixar seu município acéfalo, até 31 de dezembro. Ela prestou juramento e já assumiu o cargo nesta quinta-feira.
Ficará exatos 85 dias no cargo. Glaucione está afastado até o final do mandato e, mesmo mantendo seu nome como candidata à reeleição, pelo escândalo, suas chances hoje são mais ou menos como as do Sargento Garcia prender o Zorro.
BOLSONARO PISA NA BOLA E EXAGERA COM A LAVA JATO
O presidente Jair Bolsonaro trocou as bolas, exagerou e disse uma heresia, embora a intenção fosse outra e o objetivo completamente diferente. Não soube se expressar e, é claro, deu mais munição à oposição e a mídia sem grana, todos cada vez mais desesperados pelos sucessos do atual governo.
Que eles, obviamente, querem derrubar. Num discurso, Bolsonaro disse que “acabei com a Lava Jato, porque no meu governo não há corrupção!” Se tivesse dito que no seu governo não há denúncias da Lava Jato, pela ausência de corrupção, estaria tudo certo. Mas, exagerou. Dizer que ele acabou com a mais importante operação de limpeza da podridão na vida pública brasileira, aí já é demais.
Não acabou e se acabar estará dando um poderoso tiro no próprio pé, porque a Lava Jato é aliada dos discursos do próprio Bolsonaro, no sentido de colocar na cadeia todos os que se envolvem em sacanagens e vivem mamando, ilegalmente, nos cofres públicos. Nessa questão da Lava Jato, um conselho ao Presidente não iria mal: menos, Bolsonaro, menos!
MDB LANÇA 26 PREFEITOS E DIZ QUE É O MAIOR DO ESTADO
A briga midiática continua: quem tem mais candidatos em Rondônia, nesta eleição municipal. O PSDB de Expedito Júnior e Mariana Carvalho anuncia que o partido, aliado ao DEM e ao PSD, estaria presente, com candidatos a prefeito e vice, em 46 municípios do Estado. Para o tucanato, é esse trio partidário que tem mais nomes na disputa deste novembro que está chegando, célere.
O MDB de Lúcio Mosquini e Confúcio Moura, é claro, não concorda. Para os emedebistas, o partido, sozinho, terá mais de 500 candidatos a todos os cargos (prefeito, vice e vereadores). Mais que isso, é a sigla que terá mais candidatos às Prefeituras: em 26 das 52 cidades rondonienses. Nesse quesito, o segundo colocado é o PSD, com nomes para 18 Prefeituras e em terceiro o PDT, com 17 candidatos majoritários.
Cada uma faz o cálculo à sua maneira. Claro que é importante estar presente no maior número de cidades possível, mas o que interessa mesmo (e só se saberá isso no pós eleição), quais partidos sairão fortalecidos, conquistando mais Prefeituras e quais vão murchar, após a eleição municipal deste ano.
PANDEMIA DIMINUI, MAS VÍRUS MATOU MAIS 26 EM SETE DIAS
A semana termina com notícias menos agressivas em relação aos casos de coronavírus e às mortes que ele tem causado. Claro que o vírus ainda preocupa muito, tanto que tirou a vida de nada menos do que 26 pessoas, no Estado, do último domingo, no Boletim de número 200 até o sábado, no Boletim 206. Em apenas sete dias, portanto, o número de óbitos, embora tenha caído bastante, ainda enlutou várias famílias do nosso Estado.
Também caíram significativamente o número de números infectados. Nesse mesmo período de uma semana, foram 903 novos casos até sexta, mais 333 no sábado, totalizando 1.236, numa média diária de 176. O Boletim do sábado traz nada menos do que 67.712 contaminados e, infelizmente, já fechamos a caso de 1.396 vidas perdidas, perto de 53 por cento delas em Porto Velho.
A boa notícia é que no domingo passado tínhamos 58.832 pacientes recuperados e hoje já temos 60.615 casos, caminhando para o percentual de 90 por cento de recuperados. As notícias estão melhorando, mas mesmo assim, infelizmente, ainda estamos muito longe de nos livrarmos da praga que assola a nós e ao mundo inteiro.
A CRUELDADE E A BRUTALIDADE BATEM À NOSSA PORTA
Enquanto só se fala em coronavírus, a violência e a brutalidade continuam campeando entre nós. Crimes terríveis, que deixam a sociedade prostrada, sem entender como eles podem acontecer, passaram a fazer parte do dia a dia também dos rondonienses. Mata-se por uma discussão, por alguns tostões, por besteira, como se a vida não valesse nada.
Filhos brutalizam país, irmãos matam irmãos, homens possessivos, que não conseguem controlar sua ira, matam suas mulheres. Nessa semana, em Ariquemes, ocorreu mais um desses eventos que coloca a todos de joelhos, ante a absurda brutalidade. Um homem matou seus dois filhos, fotografou as crianças mortas, mandou as fotos por celular para sua ex mulher e, depois, se suicidou.
Quando se toma conhecimento desse tipo de crime numa grande cidade ou em outros países, nos parece algo inacreditável. Mas quando um caso como esse bate à nossa porta, tão perto de nós, o que nos resta fazer, senão ficarmos desesperados, sem respostas para tanta crueldade?
PERGUNTINHA
Você, que acompanha a eleição presidencial dos Estados Unidos, acredita que o presidente Donald Trump perderá feio para Joe Biden, como mostraram as pesquisas ou acha que se repetirá o que ocorreu há quatro anos, quando Trump desmentiu todos os institutos de opinião pública e ganhou fácil?