Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 764,9 mil toneladas nos nove primeiros meses de 2020, número que supera em 42,9% o total embarcado pelo setor no ano de 2019, com 534,9 mil toneladas. O saldo acumulado em 2020 supera, inclusive, as exportações totais do ano passado, que foram de 750 mil toneladas.
O mesmo desempenho também pode ser verificado no saldo em dólares das exportações. Entre janeiro e setembro, as vendas de carne suína do Brasil alcançaram US$ 1,677 bilhão, saldo que supera em 51,9% o resultado verificado entre janeiro e setembro de 2019, com US$ 1,103 bilhão. O desempenho acumulado em 2020 também é maior que toda a receita obtida em 2019, de US$ 1,597 bilhão.
Considerando apenas o mês de setembro, as vendas do setor totalizaram 86,5 mil toneladas, volume 33% superior ao efetivado no mesmo período de 2019, com 65 mil toneladas. Em receita, a alta mensal é de 34%, com US$ 188,5 milhões no nono mês de 2020, contra US$ 140,5 milhões em 2019.
A Ásia segue como principal promotor das exportações setoriais em 2020 (janeiro a setembro). A China, maior importadora da carne suína brasileira, aumentou suas importações em 133% no total deste ano em comparação com 2019, chegando a 376,7 mil toneladas. Em segundo lugar, Hong Kong importou 131,6 mil toneladas (+14%). Cingapura, com 41,9 mil toneladas (+61%) ficou em terceiro lugar. Já o Vietnã aumentou suas importações em 205%, com 32,9 mil toneladas embarcadas em 2020.
“Temos boas expectativas quanto à manutenção deste ritmo ao longo dos próximos meses. Os indicativos fortalecem as previsões da ABPA de alcançarmos número próximo de 1 milhão de toneladas exportadas em 2020. Isto, sem impactar na oferta de produtos para o consumidor brasileiro”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.