A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) desarticulou, no último mês de outubro, um comércio clandestino de agrotóxicos que funcionava em uma propriedade rural localizada na região de Novo Horizonte, interior do Estado.
Na operação, realizada em 14 de outubro, os técnicos da Idaron apreenderam 131 unidades de produtos químicos, num total de 230 quilos de veneno. A apreensão foi realizada por profissionais da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (ULsav) de Rolim de Moura.
Os produtos apreendidos foram armazenados em um depósito comercial, em Rolim, e o caso foi comunicado à autoridade policial, para investigação criminal, uma vez que alguns dos defensivos agrícolas são produtos de contrabando.
O produtor responsável pela venda dos agrotóxicos foi multado em R$ 10 mil. Ele confirmou que comercializava os produtos, informando que a atividade é comum em outras propriedades. Segundo ele, os venenos são comprados em Goiânia e distribuídos no interior de Rondônia. “Ele não tem comércio e também não apresentou nota fiscal ou receita agronômica para caracterizar que o produto fosse de uso próprio. Além de crime contra a economia, se caracterizou crime contra o Meio Ambiente, uma vez que não se sabe a composição de alguns dos produtos”, explicou Sirley Queiroz, coordenador do programa de agrotóxicos da Idaron.
CASO
No dia 13 de outubro, a Idaron foi comunicada sobre a comercialização ilegal de agrotóxicos em uma propriedade rural localizada na Linha 164 Sul, próximo à RO-010, em Novo Horizonte. No dia seguinte, três servidores da Agência vistoriaram a referida propriedade. O dono do local confirmou que vendia defensivos agrícolas e levou os técnicos da Idaron até um depósito, onde o produto ilegal estava armazenado.
O produtor informou que um homem de Goiânia fornece os agroquímicos, mas negou-se a dizer nomes ou dar mais detalhes sobre o distribuidor, afirmando, no entanto, que existem muitas pessoas na prática da mesma atividade. Como envolve crime previsto no Código Penal Brasileiro, o caso passou a ser investigado pelas polícias Civil e Federal. “No que tange à Idaron, a Agência intensificou as fiscalizações para identificar e coibir o uso e comércio ilegal de agrotóxicos em Rondônia”, destacou Sirley.