O jornalista Paulo Mendes, através das redes sociais, trouxe à tona uma grave denúncias às vésperas da eleição municipal em Vilhena: suposta fraude eleitoral do prefeito Eduardo Japonês (PV) envolvendo terrenos de sua propriedade.
De acordo com o comunicador, Japonês omitiu informações reais sobre seu patrimônio à Justiça Eleitoral em relação a quatro terrenos que valem juntos menos de R$ 2 mil, o que representaria 2% do valor de mercado. Na realidade, conforme a acusação, cada lote custaria aproximadamente R$ 100 mil.
O vídeo faz uma análise do aumento dos valores do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), considerado por muitos como abusivo, aprovados na atual gestão municipal, e acusa o mandatário repassar informação enganosa à Justiça. “Será que o prefeito ficou com medo do seu próprio IPTU que este ano veio mais caro?” questiona.
>>> VEJA O VÍDEO ABAIXO:
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O OUTRO LADO
O Extra de Rondônia entrou em contato com a assessoria de Japonês, que enviou a explicação abaixo:
“O vídeo faz uma confusão: a declaração de bens na Justiça Eleitoral é referente a 2019 e o valor venal apresentado é o de 2020. São duas coisas diferentes, pois houve mudança na forma de avaliação neste ano.
E isso não é apenas em relação ao Eduardo Japonês. A declaração de bens de todos os candidatos que consta na Justiça Eleitoral, no site DivulgaCand, é referente a 2019, conforme exige a lei eleitoral. No caso dos imóveis, eles têm no site o valor venal que foi avaliado pelos fiscais da Prefeitura em 2019, conforme a lei municipal que estava em vigor na época.
Dessa forma, em 2020 passou a vigorar a nova lei de IPTU corrigindo o valor venal dos imóveis de Vilhena. Conforme a tabela abaixo, é possível ver que o valor venal foi corrigido e o IPTU de todos os imóveis também subiu. Por décadas sem correções, o valor da avaliação dos imóveis na Prefeitura foi adequado pelo prefeito Eduardo Japonês, inclusive para seus imóveis, que não ficaram de fora do aumento.
Sendo correto com seus negócios, o IPTU dos quatro imóveis juntos saiu de R$ 229 para R$ 658 e a avaliação dos quatro na Prefeitura pulou de R$ 1.421 para R$ 65.863.
Reajustes como esses foram necessários e a justiça tributária ficou muito mais perto da realidade para toda a cidade”