Rondônia, que é um dos maiores produtores de bovinos e bubalinos do Brasil, apontou os altos investimentos que o Estado tem feito para garantir a sanidade animal e os trabalhos que foram intensificados para controlar a Febre Aftosa e todas as outras doenças que podem acometer o rebanho, medidas essas já verificadas e aprovadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os estados que compõem o Bloco 1 (Rondônia, Acre e parte do Amazonas e Mato Grosso), do programa nacional para retirada da vacina contra a Febre Aftosa, apresentaram na última quinta-feira 12, durante reunião via plataforma digital, os avanços referentes às ações que garantem o reconhecimento da região como área livre de Febre Aftosa sem vacinação.
A avaliação feita pelo Mapa reconheceu o esforço do Governo de Rondônia que, por meio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), aparelhou as unidades locais de sanidade animal e vegetal, implantou videomonitoramento nas fronteiras e construiu dois novos postos de fiscalização, além dos seis que já existiam.
Essa foi a 7ª reunião do Bloco 1, para tratar da retirada da vacina contra a Febre Aftosa. Participaram, via online, representantes de todas as agências de defesa dos estados que compõem o bloco, além de representantes da Superintendência Federal de Agricultura dos estados e do setor produtivo. “O Bloco 1 já tem o reconhecimento nacional como área livre de Febre Aftosa sem vacinação, agora busca o reconhecimento internacional, porém existe alguns pontos que cada Estado tinha que se posicionar e demonstrar o cumprimento ou o avanço das negociações para sanar o problema”, explicou o presidente da Idaron, o médico veterinário Julio Cesar Rocha Peres.
Para Rondônia, de acordo com Julio Peres, a questão que estava pontuada era a retroalimentação do Fefa (Fundo Emergencial de Febre Aftosa), medida que foi acertada anteriormente e que na oportunidade foi demonstrada com acordo entre frigoríficos e o Fundo. “Inicia esse mês o recolhimento em favor da instituição que apoia a defesa sanitária em Rondônia”, salientou.
Outra questão tratada pela Idaron foi a situação do horário de atendimento. “Apresentamos as atividades e ações que estão acontecendo independente do horário. Também conseguimos materializar, através dos números da agência, que apenas 6% das ações de atendimento a foco, mais de 500 notificações, aconteceram após o horário normal de expediente, o restante das ações iniciou-se no horário da manhã, mas adentrou noite e durou dias. A Agência consegue comprovar em ações de barreira, fiscalização tanto no trânsito quanto em eventos que, independente do horário de funcionamento, o trabalho é ininterrupto”, acentuou.
Julio Peres também apresentou novidades. “Estamos trabalhando fortemente com o setor de TI (Tecnologia da Informação) para implantar o ‘Idaron 24 horas’, ou seja, além dos canais de comunicação já estabelecidos pela Agência, teremos mais um parceiro na inteligência artificial, com resposta imediata, via WhatsApp, às provocações feitas pelo produtor. E quando a situação for mais específica, imediatamente será acionado o coordenador de cada programa”, afirmou.