Todos sonham que as equipes de trabalho, nas empresas, sejam unidas e estáveis, treinadas e participativas, integradas e voltadas para resultados.
Todos desejam que os melhores líderes estejam exatamente na nossa organização. Todos querem que seus gerentes e supervisores sejam sábios, competentes e hábeis no relacionamento interpessoal.
Bom seria se o clima de trabalho nas empresas fosse sempre excelente, tanto pelas iniciativas dos empregadores quanto pela participação dos empregados. As pessoas gostam de se sentir incentivadas, valorizadas e respeitadas. E reagem a esses impulsos. Por outro lado os empresários procuram obter os melhores resultados na gestão dos recursos materiais e humanos.
Pois bem, dito isso, gostaria agora de convidá-lo a viajar comigo pelo interior de nossas empresas. Ali é o mundo real; ali constataremos que colaboradores possuem dificuldades; ali perceberemos que as famílias enfrentam crises; ali verificaremos que administrar as finanças de uma casa é uma tarefa árdua. No mundo real as empresas enfrentam inúmeras pressões; a obtenção de resultados é complexa; o mercado é disputado por concorrentes agressivos etc.
É possível que alguém argumente: problemas pessoais não devem ser trazidos para as empresas, mas sim deixados do lado de fora, pois as empresas já têm seus problemas específicos!
Esta semana, conversando com o gerente de uma de nossas empresas, fiquei sabendo que a última reunião de funcionários não foi muito amistosa, pois os colaboradores pediram algo à administração, porém não foi possível atendê-los. Ficou uma certa insatisfação no ar.
Alguma vez você – que é gerente – já perguntou aos seus funcionários qual é a coisa que mais os aborrecem e perturbam na firma? Ou perguntou-lhes qual era o fator que mais os desmotivam? Ou então qual é a dificuldade que gostariam fosse eliminada? Não sei se estamos preparados para conhecer a verdade. Também não sei se já transmitimos aos colaboradores a principal expectativa do empregador, quanto ao seu quadro de pessoal.
Creio que todos nós, empreendedores e funcionários, precisamos manter um diálogo permanente, aberto e sincero. Não que os problemas existentes sejam eliminados de uma hora para outra. Entretanto o diálogo franco pode nos tornar flexíveis e maduros, fazendo-nos crescer e aprimorar e adicionalmente permitir que venhamos a explorar melhor nossas potencialidades.
Reconheço que fazer isso não é uma tarefa fácil. Isso não deve nos impedir de adotar novas iniciativas e posturas, uma vez que somos mutuamente dependentes uns dos outros. Que os nossos valores e convicções pessoais, bem como nossa fé em Deus, nos impulsionem a dias melhores, com esforço e sensibilidade. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.