Mesmo com a pandemia do coronavírus (Covid-19), as exportações em Rondônia mantiveram-se estáveis, se comparado com os resultados de 2019. Atualmente, a carne bovina, a soja, a madeira, o ouro e o estanho são os principais produtos de exportação no Estado.
No ano passado, Rondônia ocupou o 16º lugar no ranking dos estados exportadores do Brasil, tendo 0,6% de participação e arrecadando US$ 1.303,9 milhões.
Conforme mostram os dados apurados pela equipe de Agrodados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), as principais exportações de Rondônia em 2020 foram: carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ($624 milhões), soja ($421 milhões), madeira ($48,3 milhões), carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas ($30,9 milhões), matérias brutas de animais ($28,9 milhões), produtos de indústria de transformação ($28,2 milhões) e estanho ($13,4 milhões).
Já em 2019 foram: bovinos desossados, congelados (US$461 milhões), soja, diferente de sementes (US$386 milhões), bovinos desossados, frescos ou resfriados (US$131 milhões), estanho não ligado em formas brutas (US$45,6 milhões) e ouro, formas semimanufaturadas, não monetárias (US$36,6 milhões), com destinos principais de exportação para Hong Kong (US$180 milhões), Egito (US$129 milhões), Chile (US$124 milhões), Holanda (US$107 milhões) e China (US$104 milhões).
De acordo com o economista da Seagri, Alex Rilie, a balança comercial de Rondônia, fechou com um superávit de US$ 330,5 milhões, em 2019, indicando que houve mais exportações do que importações. Hong Kong, Egito, Chile, Países Baixos (Holanda), China, Espanha e Turquia são os principais parceiros comerciais de Rondônia.
“Em 2020, foram exportados para os Países Baixos (17%), desembarcaram em Hong Kong (13%), ficando em primeiro lugar no ranking, seguido da China (11%), Espanha (71%), Egito (7,1%) e Chile (6,2%). Nos cinco primeiros meses deste ano, foram arrecadados US$ 673,9 milhões, houve 0,8% de participação nas vendas e o superávit permaneceu”, disse Alex.
Segundo o secretário da Seagri, Evandro Padovani, em 2019, o Estado aumentou o volume de exportações de gado. “Rondônia possui atualmente um rebanho de bovinos e bubalinos de 13.972.394 cabeças, distribuídos por 5.860.878 hectares. Nos últimos anos, a pecuária rondoniense avançou significativamente, a qual reflete nos dias atuais”, explicou.
A carne bovina fresca, refrigerada ou congelada teve 46% de participação, arrecadando US$ FOB (“free on board, ou “livre a bordo”) 594 milhões e continuou liderando nos cinco primeiros meses de 2020, mas com uma baixa de 0,2% de participação; até o momento, foram arrecadados US$ FOB 297 milhões.
O potencial agrícola de Rondônia, quando falamos em soja, é surpreendente. Atualmente, houve um crescimento nas exportações, chegando em 42% de participação e totalizando US$ FOB 285 milhões. Nos cinco primeiros meses deste ano, foram arrecadados US$ 673,9 milhões, houve 0,8% de participação nas vendas e o superávit permaneceu.
Em números, o saldo, no ano passado, foi de US$ FOB 386 milhões, o que deixa em 30% de participação. “A soja é um dos principais produtos exportados pelo Brasil e Rondônia se enquadra nessa balança. É a principal cultura que movimenta a economia do Estado, representando 13% do Valor Bruto da Produção (VBP). A área de produção cresce em torno de 20% por ano e poderá chegar a um milhão de hectares nos próximos cinco anos”, contou Padovani.
No ano passado, a madeira, parcialmente trabalhada e dormentes de madeira tiveram 4,7% de participação, resultando em US$ FOB 61,7 milhões. Neste ano, houve uma queda nos números do produto, que passaram a ter 3,3% de participação e, até o momento, US$ FOB 22,3 milhões. Em maio de 2020, fiscais ambientais iniciaram a Operação Verde Brasil 2, investigando uma possível extração irregular de madeira no território rondoniense.
O ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) teve uma baixa abundante, saindo de 4,6% de participação e US$ FOB 59,5 milhões, para 1,5% e US$ FOB 10,3 milhões.
Por fim, quando o valor acumulado pela exportação do estanho era de US$ 45,6 milhões, tendo 3,5% de participação em 2019, teve uma grande queda neste ano de 2020, saindo da posição de destaque no ranking.
“Os dados nos mostram que Rondônia é uma potência econômica e alcançará patamares ainda mais altos nos próximos anos”, informou o economista Alex. No geral, além dos cinco principais produtos exportados, encontramos matéria bruta de animais, demais produtos da indústria da transformação, entre outros.