O planejamento financeiro daquela empresa trouxe à diretoria uma dura realidade: devido ao crescimento das vendas projetado para 2021, ela teria de deixar, obrigatoriamente, de ser tributada pelo Simples Federal. O mês de Maio será o divisor de águas. E isso será irreversível.
Você já passou por uma situação dessas? Como foi sua experiência? Foi possível fazer uma transição tranquila, de um para outro regime tributário?
Esta é uma das grandes vantagens oferecidas pelo planejamento financeiro das operações de uma firma, previsto para o próximo ano. Trazer para o presente, em números, uma situação futura, é um instrumento poderoso de gestão operacional e financeira. Tudo fica mais claro e preciso. Providências corretivas podem ser identificadas e tomadas, minimizando ou eliminando problemas futuros.
Quando se está na eminência de deixar o Simples, é aí que percebemos quão importante e oportuno ele é para nossas empresas comerciais, industriais e prestadoras de serviço.
As primeiras reuniões já ocorreram. Temos algumas opções à nossa disposição. Não há como fugir da carga tributária. Por outro lado, quando se está cercado de bons profissionais, com experiência, conhecimento técnico e espírito empreendedor, o impacto da decisão fica compartilhado e a carga se torna mais leve.
O gostoso do trabalho de preparar um orçamento anual é que diversas variáveis precisam ser levadas em consideração, no intuito de reduzir tanto quanto possível, a carga tributária. Pesquisas, sondagens, troca de opinião com profissionais de outras organizações, projeções de vendas, evolução do quadro de pessoal… Tudo isso tem de ser levado em consideração, numa hora dessas.
Quando se tem de separar para o fisco, o percentual de 1% (um por cento) das receitas, percebe-se melhor a magnitude do problema. Ninguém pode ser insensível ao impacto dos números e percentuais. Por outro lado, havendo disciplina e critério, todas as áreas da empresa podem de alguma forma contribuir para reduzir tais encargos.
A experiência tem me ensinado que em diversas empresas, há uma tendência de incumbir o setor fiscal de tratar das questões tributárias. Agindo assim, as demais áreas ficam, por assim dizer, como que alienadas dessas questões. Esse não é o melhor enfoque. Por outro lado, é saudável quando essa conscientização existe e é disseminada por toda a organização. Agindo assim, todas as áreas se sentirão envolvidas na busca e identificação da melhor solução possível.