O deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT) emitiu ofício (nº 210 nº 210/GDLF/ALE/RO) ao ministro da educação, Milton Ribeiro, e ao presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Pereira Lopes, na sexta-feira 15, solicitando o adiamento da aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previsto para acontecer no domingo 17.
Preocupado com o aumento de casos positivos para o Covid 19 em Rondônia e em todo o país, o deputado defende que o exame seja aplicado em uma nova data, com o objetivo de evitar aglomerações e a disseminação do vírus.
No documento, esclareceu que “em Rondônia estamos de frente para um crescimento de casos de contaminação que vêm sendo apresentados diariamente no site oficial da Secretaria de Saúde, com crescente número de óbitos e a sobrecarga do sistema de saúde pública”.
“Assim, na qualidade de parlamentar e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa me dirijo a sua excelência, mas sobretudo como cidadão, e é com esse sentimento de cautela e preocupação que vimos solicitar o adiamento da prova em Rondônia, destacando que o nosso Estado está enfrentando condições que não são favoráveis a aglomerações e, por mais que se destaque as medidas sanitárias que serão adotadas tememos que estas não sejam suficientes para assegurar a não propagação do vírus”, ressaltou às autoridades.
Lazinho da Fetagro ainda apontou que municípios rondonienses que já estavam em estabilidade retornaram para categoria 1, o que significa permissão apenas aos serviços essenciais. Lembrou que o Estado do Amazonas revelou um quadro que pode se repetir diante do crescimento desenfreado, daí a necessidade de se adiar e aguardar que condições melhores se apresentem sem o risco de prejuízos que podem ser incontornáveis à população. “Com tantas vidas perdidas devemos evitar o máximo criar pontes de transmissão do vírus”, enfatizou.
Outra alegação do parlamentar foi de que a determinação do isolamento obrigatório em decorrência da pandemia no intuito de conter o avanço da doença trouxe várias consequências, dentre elas a dificuldade de ter acesso as aulas presenciais por milhares de alunos, exatamente pelo fato das atividades escolares terem sido suspensas. E que, diante desse quadro, ocorreu o primeiro adiamento na realização das provas.
“Necessário se destacar que quando realizado o adiamento no ano passado o intuito era justamente permitir a participação de todos além da cautela para não propagar a doença, mas naquela oportunidade se vislumbrava o retorno das aulas assim como se vislumbrava uma redução no quadro de infectados pelo vírus, hipóteses que não se consolidaram. Infelizmente não obtivemos registros de melhoras consideráveis que possam dar garantia igualitária de participação bem como, garantia da segurança daqueles que pretendem uma vaga em nossas universidades. Manter a aplicação das provas significará não apenas uma maior desigualdade no acesso à educação de ensino superior, mas implica na propagação da doença”, argumentou Lazinho da Fetagro.